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Após impasse com Bolsonaro, policiais aprovam greve e pedem renúncia do ministro da Justiça

Associação de delegados da PF afirma que membros poderão entregar cargos de chefia e recusar convites para assumir novos postos

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro cercado de policiais em evento, em Brasília
O presidente Jair Bolsonaro cercado de policiais em evento, em Brasília O presidente Jair Bolsonaro cercado de policiais em evento, em Brasília

Em reação à promessa não cumprida até o momento pelo presidente Jair Bolsonaro, a ADPF (Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal) informou, nesta quarta-feira (4), que irá promover paralisações pelo país e que associados poderão entregar cargos de chefia. A entidade pede a renúncia do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

As medidas foram tomadas após a assembleia-geral extraordinária, realizada nos dias 2 e 3 deste mês. "Os delegados de Polícia Federal aprovaram ainda o pedido de renúncia do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública ao Delegado de Polícia Federal Anderson Gustavo Torres pelo desprestígio e desrespeitoso tratamento dado pelo presidente da República à Polícia Federal e ao próprio ministro", diz o comunicado.

No final de abril, entidades se reuniram com o ministro da Justiça, escalado pelo presidente Jair Bolsonaro para estancar a crise, aberta após a declaração do chefe do Executivo sobre a concessãp de reajuste salarial e reestruturação das carreiras dos policiais.

O encontro ocorreu na sede do ministério, em Brasília, e foi capitaneado por parlamentares próximos a Bolsonaro e aos policiais. As entidades não obtiveram sucesso na reunião e saíram com a promessa feita pelo ministro de que iria levar as insatisfações ao presidente.

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Desde então, não houve resposta efetiva do governo. Em entrevista no final daquele mês, Bolsonaro reconheceu o impasse e disse que o reajuste salarial de 5% 'desagradava a todo mundo'.

O comunicado da entidade informa que os policiais vão promover paralisações, parciais e progressivas, cujo calendário será definido em conjunto com as demais categorias da Polícia Federal e que associados poderão entregar cargos de chefia e recusar convites para assumir novos postos.

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"Foram aprovadas, ainda, ações de mobilização e conscientização da população durante as atividades administrativas, como controle imigratório, de armas, de produtos químicos e segurança privada, realizadas pela PF", acrescenta.

A assoociação avalia que Bolsonaro "decidiu não honrar com a própria palavra, gerando um clima de revolta e insatisfação generalizada nunca antes visto entre os servidores da PF". Os policiais, que realizaram protestos na última semana, são uma das bases eleitorais do presidente, que tentará a reeleição nas eleições deste ano.

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