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Aprovação da nova regra fiscal e da reforma tributária vai ser teste para governo, diz líder na Câmara

Segundo o deputado José Guimarães, os dois textos devem ser votados no Congresso até o fim de junho

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Deputado federal José Guimarães, líder do governo na Câmara
Deputado federal José Guimarães, líder do governo na Câmara Deputado federal José Guimarães, líder do governo na Câmara

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta segunda-feira (10), em entrevista coletiva, que as aprovações da reforma tributária e da nova regra fiscal vão ser testes para a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele também disse que espera que esses tópicos sejam votados na Casa até o fim de junho.

"As duas matérias estão exaustivamente discutidas aqui dentro. Eu acredito que vai ser uma coisa muito rápida. Nunca encaminhamos matérias tão importantes para o país como essas, por isso há esse ambiente favorável para as duas pautas aqui", completou.

Guimarães disse que o texto das propostas não deve ser modificado. "É vir o texto, definir relator e se reunir com líderes", afirmou. "Desejo votar essas matérias até o fim de junho. Isso para entrar julho e agosto votando o Orçamento da União já dentro da nova realidade tributária do país."

Contudo, o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), prevê que o conjunto de regras da nova proposta de regra fiscal será modificado pelos parlamentares. "Será necessário que o projeto seja de fato entregue ao Congresso para apreciação, e a proposta deve sofrer alterações", afirmou.

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Há expectativa de que a proposta da nova regra fiscal seja entregue pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda nesta segunda-feira, antes da viagem dele à China com Lula. No entanto, Guimarães não descartou a possibilidade de o texto ser enviado ao Congresso na próxima semana. 

Haddad apresentou publicamente o esqueleto da proposta no dia 30 de março, mas o texto final não foi divulgado. "Estão concluindo as vírgulas finais", afirmou Guimarães. As metas do governo são zerar o déficit primário em 2024 e obter superávit de 0,5% em 2025 e de 1% em 2026. A nova regra vai substituir o teto de gastos, criado em 2017, que vincula o crescimento das despesas da União à inflação do ano anterior.

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No Congresso, as reações à proposta de Haddad têm sido positivas. No entanto, a oposição sinaliza trabalhar de forma coordenada para alterar pontos que considera inconsistentes. A principal crítica tem a ver com o otimismo em relação às receitas extras, que são tidas como essenciais para pôr o modelo da regra fiscal de pé. 

O líder do governo também criticou a taxa básica de juros (Selic), mantida em 13,75% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Segundo Guimarães, a "política de juros altos compromete o investimento público e a criação de emprego".

"Não há ameaça de inflação no país. Como que o presidente [do Banco Central] mantém essa taxa de juros tão alta?", finalizou. Nesta segunda-feira, analistas do mercado financeiro elevaram, pela segunda semana seguida, as projeções de inflação no fim deste ano.

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