O presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua equipe interministerial participaram, na manhã desta quinta-feira (17), do hasteamento da bandeira do Brasil no Palácio da Alvorada, em Brasília.
Durante transmissão nas redes sociais, Bolsonaro falou sobre a cerimônia. “É patriotismo, é pensar no próximo, pensar no que se pode fazer de melhor para o país, as coisas não são fáceis”, destacou.
A cerimônia começou às 8h e durou cerca de dez minutos. O presidente se deslocou do Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência, e seguiu caminhando com os ministros até o jardim onde a bandeira foi hasteada.
Bolsonaro estava acompanhado dos ministros Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Fábio Faria (Comunicações), Luiz Ramos (Secretaria-Geral), Braga Netto (Defesa), Carlos França (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Gilson Machado (Turismo), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).
Também participaram Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), Paulo Guedes (Economia), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Tereza Cristina (Agricultura), Ciro Nogueira (Casa Civil), Marcelo Queiroga (Saúde), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Milton Ribeiro (Educação).
“Dois anos de pandemia, problemas econômicos, guerra na Ucrânia, preço do combustível, a crise hídrica. Pelo o que tudo indica, a super bandeira da energia vai deixar de existir, afinal de contas, isso foi feito a partir da decisão da Aneel para compensar a geração de energia de uma origem bem mais cara que a ecológica”, analisou o presidente.
Na ocasião, Bolsonaro informou ainda que há previsão de participação dos ministros Bento Albuquerque e Tereza Cristina na tradicional live feita às quintas-feiras pelo presidente. “O mundo não vive sem alimento, e sem energia fica muito difícil. É mostrar o que está acontecendo”.
Depois da cerimônia de hasteamento, Bolsonaro se reuniu com ministros que serão candidatos nas Eleições 2022. A expectativa é que ao menos dez titulares deixem os cargos até abril, prazo dado pela Justiça Eleitoral. O pleito está marcado para o dia 2 de outubro e o eventual segundo turno para o dia 30 do mesmo mês.
Como o R7 mostrou anteriormente, os ministros de Bolsonaro que serão candidatos nas eleições intensificaram as viagens realizadas pelo país nos primeiros meses deste ano. Dentre eles, estão o ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, que concorrerá ao governo de São Paulo, e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, que pleiteia uma vaga ao Senado pelo Rio Grande do Norte.
Citada por Bolsonaro durante a cerimônia, a bandeira tarifária "escassez hídrica" foi determinada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) pelo grupo formado por membros do governo para enfrentar a pior crise em 91 anos. A previsão inicial era que a vigência da medida fosse até o dia 30 de abril. No entanto, há uma expectativa de que a bandeira vermelha deixe de existir nas próximas semanas.
A cobrança da bandeira de escassez hídrica tem valor adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatt-hora consumidos, o equivalente a um aumento de 6,78% na conta de luz em relação à bandeira vermelha patamar 2, de R$ 9,49 a cada 100 quilowatt-hora, cobrada até agosto.
As exceções contemplam os moradores do estado de Roraima e os cidadãos de baixa renda que aderem à tarifa social da conta de luz. A decisão isenta os consumidores beneficiários dessa tarifa de pagar a bandeira escassez hídrica. Assim, eles continuarão pagando, com desconto, a bandeira acionada mensalmente pela Aneel caso ela seja amarela ou vermelhas 1 e 2.
Vale lembrar que a bandeira verde não gera custos para o consumidor.