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Bolsonaro pede e Queiroga sinaliza queda de obrigação de máscaras

Queiroga disse que o presidente conversou com ele sobre recuo na vacinação de adolescentes

Brasília|Alan Rios, do R7, em Brasília

Bolsonaro disse ainda que não errou nas ações de combate à pandemia
Bolsonaro disse ainda que não errou nas ações de combate à pandemia Bolsonaro disse ainda que não errou nas ações de combate à pandemia

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sinalizaram uma possível queda da obrigação do uso de máscaras no Brasil durante live na noite desta quinta-feira (16). Bolsonaro questionou Queiroga sobre a liberdade do uso da proteção contra a Covid-19. O ministro também criticou a regra e afirmou que será possível derrubar a norma com a melhora do cenário da pandemia, "como está acontecendo". 

"Fui à Itália, representando o Brasil no encontro do G-20, estava todo mundo sem máscara na rua. Fiz uma audiência com o diretor-geral da OMS em ambiente aberto e o Tedros disse: 'Ministro, vamos tirar a máscara porque aqui não precisa'. Quem quiser, usa. Mania de querer criar lei para tudo. Daqui a pouco vai ter lei para só entrar aluno vacinado na escola", disse Queiroga.

Outro tema da live foi a possível obrigatoriedade do cartão vacinal para estudantes, também criticada pelo ministro. "Não se pode exigir vacina para frequentar escola. Não é uma posição só minha, é da Unicef, da ONU, também. Sobretudo porque o PNI não recomenda vacina em adolescente que não tenha comorbidade", ressaltou. Mais cedo, o representante da pasta tinha dado uma entrevista coletiva informando que não há a recomendação de imunizar adolescentes de 12 a 17 anos sem doenças pré-existentes. 

O ministro também comentou o recuo do governo federal em relação à vacinação de adolescentes. "O Ministério [da Saúde], no começo de agosto, editou uma nota técnica da Secretaria de Enfrentamento à Covid que previa a vacina nesses adolescentes com comorbidades e, numa situação já muito adiantada, a vacina nos [adolescentes] sem comorbidades. No entanto, temos informações da literatura mundial e também posições de sistemas de saúde, como o inglês, que restringiram a vacina nos adolescentes sem comorbidades. Então, o que o Ministério da Saúde fez? Na nota técnica 40 da SECOVID, retirou os adolescentes sem comorbidades. O senhor tem conversado comigo sobre esse tema e nós fizemos uma revisão detalhada no banco de dados do DataSUS", afirmou.

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Ao comentar o plano anterior de vacinar adolescentes com comorbidades a partir de 15 de setembro, Queiroga disse que o MS ficou surpreso ao avaliar o banco de dados do DataSUS e encontrar mais de 3,5 milhões de adolescentes já vacinados desde agosto. "E o mais grave, presidente, não só usando a vacina da Pfizer que é a que tem recomendação, a que tem base científica, usando Coronavac, Astrazeneca e Jansen. Então já fiz uma entrevista coletiva no Ministério da Saúde em que deixei bem claro que os 5570 secretários de Saúde do nosso Brasil têm que seguir as recomendações do Ministério da Saúde", disse.

Bolsonaro afirmou ainda que, durante a pandemia, não errou nas ações governamentais. "Não sou médico, mas não errei nenhuma. Falei com vários médicos, tudo o que eu falava tinha materialidade, mas é pancada o tempo todo. E não erramos nenhuma. Até a arritmia: eu falava que a hidroxicloroquina não causava arritmia e a Sociedade Europeia de Cardiologia disse que não causava arritmia". 

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