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Brasil não assina carta de cúpula da democracia que condena Rússia por invasão à Ucrânia

Documento defende responsabilização da Rússia guerra e pede que país retire tropas do território ucraniano

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Palácio do Planalto, sede do governo federal, em Brasília (DF)
Palácio do Planalto, sede do governo federal, em Brasília (DF) Palácio do Planalto, sede do governo federal, em Brasília (DF)

O governo brasileiro não assinou a declaração final da Cúpula pela Democracia, evento organizado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que condena a Rússia por ter invadido a Ucrânia e pede que a nação liderada por Vladimir Putin seja responsabilizada pela guerra contra o país vizinho.

A carta da Cúpula pela Democracia foi divulgada nesta quinta-feira (30) e teve o respaldo de 74 países. No texto, as nações pedem o fim das hostilidades e exigem “que a Rússia retire imediatamente, completa e incondicionalmente todas as suas forças militares do território da Ucrânia dentro de suas fronteiras reconhecidas internacionalmente”.

“Apoiamos fortemente a responsabilização pelos crimes mais graves sob o direito internacional cometidos no território da Ucrânia por meio de investigações e processos apropriados, justos e independentes em nível nacional ou internacional, e para garantir justiça para todas as vítimas e a prevenção de crimes futuros”, afirma a declaração.

Segundo a carta, os países esperam que haja, o mais rápido possível, “uma paz abrangente, justa e duradoura na Ucrânia”. Além disso, as nações signatárias dizem estar “profundamente preocupadas com o impacto adverso da guerra na segurança alimentar global, energia, segurança e proteção nuclear e meio ambiente”.

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“Lamentamos as terríveis consequências humanitárias e de direitos humanos da agressão da Federação Russa contra a Ucrânia, incluindo os ataques contínuos contra infraestrutura crítica em toda a Ucrânia, com consequências devastadoras para os civis, e expressamos nossa profunda preocupação com o alto número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças, o número de deslocados internos e refugiados que precisam de assistência humanitária e violações e abusos cometidos contra crianças.”

Lula garante compromisso com a democracia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma carta à Cúpula da Democracia afirmando que “o Brasil mantém compromisso inabalável com o Estado Democrático de Direito”.

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No texto, o chefe do Executivo diz que o mundo atravessa um “momento de ameaça de uma nova guerra fria e da inevitabilidade de um conflito armado”. Contudo, ele não faz menção à guerra entre Rússia e Ucrânia.

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“A bandeira da democracia não pode ser utilizada para erguer muros nem criar divisões. Defender a democracia é lutar pela paz. O diálogo político é o melhor caminho para a construção de consensos”, destacou Lula.

“O Brasil fará a sua parte. Contribuiremos, nos diferentes foros multilaterais e no diálogo entre países, para o fortalecimento da democracia, sempre norteados pelo direito internacional e pelos direitos humanos”, completou o presidente brasileiro.

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