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CPI da Covid ouve médico e paciente da Prevent Senior 

De acordo com os requerimentos, tanto médico como paciente são testemunhas importantes nas denúncias contra a Prevent Senior

Brasília|Do R7, em Brasília

Senadores querem mais informações sobre atuação da Prevent Senior durante crise sanitária
Senadores querem mais informações sobre atuação da Prevent Senior durante crise sanitária Senadores querem mais informações sobre atuação da Prevent Senior durante crise sanitária

A sessão da CPI da Covid-19 desta quinta-feira (7) traz novos depoimentos relacionados à atuação da operadora de planos de saúde Prevent Senior. O médico Walter Correa de Souza Neto, que trabalhava na operadora, e Tadeu Frederico Andrade, que era beneficiário do plano de saúde, foram convocados para falar à comissão.

De acordo com os requerimentos, tanto o médico como o paciente são testemunhas importantes dos eventos relatados na denúncia. Em setembro, a CPI recebeu uma denúncia de médicos e ex-médicos da Prevent Senior sobre práticas adotadas durante a pandemia pela operadora.

Entre as várias práticas denunciadas, destacaram-se o cerceamento da autonomia médica do corpo clínico; distribuição do chamado "kit Covid" — conjunto de medicamentos ineficazes para o tratamento precoce da Covid-19; aplicação de tratamentos não autorizados pela Anvisa; fraude em estudo clínico conduzido pela Prevent Senior sobre a segurança e eficácia da hidroxicloroquina em associação com azitromicina em pacientes leves de Covid-19; e inadequação do encaminhamento de pacientes para cuidados paliativos.

Informações do paciente

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Tadeu Frederico Andrade era beneficiário da Prevent Senior quando foi infectado pela Covid-19, no Natal do ano passado. Depois de uma consulta via telemedicina da operadora, ele recebeu o "kit Covid". Seguindo a prescrição, Tadeu tomou a medicação, e o quadro clínico dele se agravou, tornando necessária a internação em unidade de tratamento intensivo (UTI). Após um mês na UTI, a equipe da Prevent, segundo Tadeu, queria tirá-lo da internação para reduzir custos, colocando-o sob cuidados paliativos. No entanto, a família dele se recusou a aceitar a mudança, e Tadeu acabou se recuperando. Posteriormente, o paciente denunciou a Prevent Senior à CPI e ao Ministério Público de São Paulo.

Paulo Guedes 

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A CPI aprovou, na tarde de quarta-feira (6), um pedido para que o ministro da Economia, Paulo Guedes, responda aos questionamentos da comissão em até 48 horas.

Os senadores também aprovaram outros dois requerimentos em que pedem informações às fornecedoras de vacinas no Brasil sobre tratativas do governo federal acerca do fornecimento de imunizantes em 2022 e à Procuradoria-Geral do Amazonas sobre procedimento contra operadora de plano de saúde no estado que supostamente pressionou médicos a aplicar o “tratamento precoce” com medicamentos ineficazes contra a Covid-19.

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Os senadores vão questionar Guedes sobre a afirmação da advogada Bruna Morato, defensora dos médicos que produziram um dossiê com denúncias contra a Prevent Senior, de que havia um “alinhamento ideológico” da operadora de saúde com a Pasta. Em seu depoimento na semana passada, Bruna afirmou que a diretoria da operadora e o ministério tinham a mesma visão de que o país não podia parar por medidas restritivas contra a Covid-19.

A Prevent Senior seria a responsável, segundo a advogada, por dar aval ao chamado “kit Covid”, com medicamentos ineficazes na prevenção ou no tratamento da doença.

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