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CPI da Covid terá última semana de depoimentos; confira os destaques

Na terça (5), a comissão recebe Raimundo Nonato, sócio da VTCLog. O restante da semana tem como foco a Prevent Senior

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

CPI da Covid entra na última semana de oitivas
CPI da Covid entra na última semana de oitivas CPI da Covid entra na última semana de oitivas

Mesmo com o prazo estendido até o início de novembro, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 entra em sua última semana de depoimentos, com previsão de votação do relatório final em 20 de outubro. A cúpula dos trabalhos avalia que já há elementos suficientes para fechar os trabalhos, com uma lista de indiciados que inclui o presidente da República, Jair Bolsonaro. Para arredondar alguns pontos, a CPI ainda se debruçará em oitivas mirando a Prevent Senior e a VTCLog. 

Para o primeiro depoimento da semana, a CPI trará Raimundo Nonato Brasil, sócio da empresa de logística VTCLog, na terça-feira (5). Contratada para receber, armazenar e distribuir vacinas contra a Covid-19, a empresa entrou na mira dos senadores pela suspeita de ter feito pagamentos ao ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, também investigado e um dos depoentes que será indiciado no relatório final.

A empresa presta serviços ao Ministério da Saúde desde 2018, quando o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), era ministro da pasta. Barros é outro alvo da CPI, apontado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) de ser o responsável pelo esquema de negociações de vacinas junto a empresas intermediárias. O líder do governo nega as acusações. 

O sócio da VTCLog Raimundo Nonato já irá à CPI com os sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático quebrados. O requerimento, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), foi aprovado em agosto pela comissão e mira dados desde o início da primeira contratação, em 2018. O objetivo é entender como a empresa conseguiu o contrato, que, segundo Randolfe, "sofreu diversas críticas de funcionários do Ministério da Saúde". 

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Prevent Senior

O restante dos depoimentos da semana visam fechar lacunas das investigações que envolvem a Prevent Senior. A operadora de saúde foi denunciada por ex-funcionários, que juntaram provas para elaborar um dossiê contra a empresa. Entre as acusações estão a alteração de prontuários médicos para subnotificar casos e mortes por Covid-19, a distribuição de medicamentos do 'kit Covid' como alternativa para cortar custos com internação e a realização de pesquisas sem aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) ou consentimento de parentes. 

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Atendendo a pedidos tanto do G7 — grupo de parlamentares da oposição e independência do governo que formam maioria na CPI — quanto da ala governista, a comissão deve receber, na quarta-feira (6), médicos que fizeram parte do grupo de ex-funcionários que denunciaram a Prevent Senior. A expectativa é ouvir o casal de médicos George Joppert e Andressa Joppert. Detalhes do dossiê foram trazidos na semana passada pela advogada Bruna Morato, mas os senadores da base pressionaram por ouvir os próprios denunciantes. Quem faz a articulação são os senadores Randolfe e Humberto Costa (PT-PE). 

Para encerrar a remessa de oitivas, a comissão ouve, na quinta-feira (7), o presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello Filho. Após as revelações na CPI, a ANS autuou a rede por constatar "indícios de infração". A justificativa é que a Prevent deixou "de comunicar aos beneficiários as informações estabelecidas em lei".

Fechada a rodada de depoimentos, a cúpula da CPI não pretende abrir mais uma semana para ouvir novas testemunhas. "Só se houver um fato muito grave, relevante, do ponto de vista novo, e não daquilo que a gente vem tratando", ponderou o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). 

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