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CPI do DF ouve tenente-coronel da PM que alertou forças de segurança antes dos atos extremistas

Depoente é Jorge Henrique da Silva Pinto, que teria avisado sobre perigo dos atos em grupo de mensagens com autoridades

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Manifestantes invadem o Supremo Tribunal Federal no dia 8 de janeiro de 2023
Manifestantes invadem o Supremo Tribunal Federal no dia 8 de janeiro de 2023 Manifestantes invadem o Supremo Tribunal Federal no dia 8 de janeiro de 2023

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do DF vai ouvir, nesta quinta-feira (30), o tenente-coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Henrique da Silva Pinto, ex-coordenador de Assuntos Institucionais da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele está entre as autoridades que alertaram sobre o risco dos protestos violentos de 8 de janeiro, quando manifestantes insatisfeitos com o resultado das eleições invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), afirmou que a expectativa é que o tenente-coronel ajude a elucidar o porquê de a PM não ter sido capaz de conter os manifestantes em 8 de janeiro. Ele esteve com o ministro do STF Alexandre de Moraes na manhã desta quarta-feira (29) e disse que a dificuldade da corporação em reagir aos manifestantes foi um dos temas comentados.

"O ministro Alexandre de Moraes lembrou que já foi secretário de Segurança de São Paulo. Disse que com 50 homens da tropa de choque teria dado conta. É uma coisa que não foi resolvida porque não quiseram [impedir os manifestantes]", afirmou.

Já o relator da CPI, deputado Hermeto (MDB), destacou que o depoente "é uma peça-chave nos acontecimentos do dia 8 de janeiro". "Ele foi o responsável por emitir os alertas no grupo de WhatsApp das forças de segurança envolvidas na operação", explicou.

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Além da oitiva do militar, os distritais pretendem votar sete requerimentos. Entre eles, está o pedido de convocação do major da PM Cláudio Mendes dos Santos. Ele é suspeito de liderar o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército e treinar manifestantes em táticas de guerrilha para enfrentarem as forças de segurança do DF nos atos de 8 de janeiro.

Outro requerimento pede ao Exército que compartilhe com a CPI os documentos que a corporação teria enviado à Secretaria de Segurança Pública do DF sobre o acampamento armado por manifestantes. Os deputados também vão avaliar se pedem à Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) informações sobre os ônibus com manifestantes que vieram para o DF antes dos atos de vandalismo.

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Encontro com Moraes

Os membros da CPI e o presidente da Câmara Legislativa do DF, o deputado Wellington Luiz (MDB), se reuniram com o ministro do STF Alexandre de Moraes nesta quarta-feira (29) para tratar, principalmente, do compartilhamento de informações entre a Corte e o colegiado. Moraes disse aos distritais que está disposto a fazer o compartilhamento, exceto do que está em sigilo.

Após o encontro, Chico Vigilante destacou que eles discutiram a convocação do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. Ele está preso por suspeita de omissão nos protestos de 8 de janeiro, mas tem, por decisão de Moraes, o direito de decidir se comparecerá ao plenário. A CPI disse ao STF que vai reavaliar a necessidade da presença do ex-secretário futuramente.

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