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CPI fará força-tarefa para entregar relatório aos órgãos competentes

Segundo o vice-presidente da comissão, o colegiado entregará pessoalmente o relatório a cada órgão

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Comissão vai entregar pessoalmente relatório de Renan Calheiros aos órgãos competentes
Comissão vai entregar pessoalmente relatório de Renan Calheiros aos órgãos competentes Comissão vai entregar pessoalmente relatório de Renan Calheiros aos órgãos competentes

Com a aprovação do relatório final da CPI da Covid, os senadores da comissão vão entregar o documento a todos os órgãos competentes. O grupo vai à Procuradoria-Geral da República (PGR) na manhã desta quarta-feira (27) para protocolar o relatório e, depois, aos demais órgãos que deverão lidar com as acusações. 

De acordo com o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o colegiado vai pessoalmente a todos os órgãos, inclusive ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda. Ele acrescentou que o grupo está estudando a viabilidade da iniciativa para estabelecer uma data para a viagem.

VEJA ABAIXO VÍDEO COM AS TRETAS DA CPI:

Próximos passos

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Os senadores vão entregar ao MPF (Ministério Público Federal) as acusações contra pessoas com foro privilegiado, que devem ser analisadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República), instância máxima do MPF. Caberá ao procurador-geral da República, Augusto Aras, decidir se apresenta ou não denúncias contra Jair Bolsonaro e sua equipe. Caso Aras decida não prosseguir com uma denúncia, ela será arquivada. Se entender que houve crime de responsabilidade, a análise seguirá para a Câmara dos Deputados. Em caso de crime comum, caberá ao STF (Supremo Tribunal Federal) o julgamento.

As acusações em âmbitos civil e criminal de pessoas sem foro especial — como ex-ministros que não têm mais cargo no governo, por exemplo — são analisadas pelas instâncias inferiores do MPF. O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), já afirmou que pedirá o envio do parecer à Receita Federal, à Polícia Federal, à Polícia Civil, ao Tribunal de Contas da União (TCU), à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Conselho Federal de Medicina (CFM). 

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Os senadores vão encaminhar também à Polícia Federal as conclusões e recomendações sobre a disseminação de fake news para que sejam aprofundadas as investigações. Além disso, a Polícia Civil do Estado de São Paulo deverá receber fatos apurados pela CPI em torno da investigação da operadora de saúde Prevent Senior.

Informações sobre o tema também serão encaminhadas ao Ministério Público do Estado de São Paulo e à Assembleia Legislativa do estado, que está em processo de criação de uma comissão para investigar a Prevent. No caso do MP, a força-tarefa formada pelo órgão já recebeu parte dos documentos encaminhados pela CPI.

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O relatório da comissão será levado ainda ao CFM para que seja apurada a responsabilidade do presidente do órgão, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, por escrever um parecer, em março do ano passado, com autorização para o uso de cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19, deixando a prescrição a cargo de cada médico.

Já à Receita Federal serão levadas recomendações para que haja o aprofundamento de investigações fiscais relativas às empresas que têm como sócio o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR). O mesmo pedido é feito em relação a Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos.

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Solicitações de informações

Há documentos recebidos pela CPI em que a autoridade competente para apuração solicita o compartilhamento de informações. É o caso do TCU (Tribunal de Contas da União), em relação às apurações que envolvem a Covaxin. O mesmo ocorre com o MPF (Ministério Público Federal), no caso que implica a empresa Davati Medical Supply e a suspeita de propina de US$ 1 por dose de vacina. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também solicitou os dados que envolvem José Ricardo Santana, amigo de Roberto Dias e ex-secretário-executivo da agência.

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) também pediu compartilhamento de informações e documentos que possam ajudar na apuração do caso Prevent Senior. A CGU (Controladoria-Geral da União) solicitou o compartilhamento de informações relacionadas ao pagamento de boletos de Roberto Dias realizados pelo motoboy da VTCLog Ivanildo Gonçalves.

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