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Diretor do DNIT é um dos alvos de operação da Polícia Federal

Servidores públicos, lobistas e empresários teriam negociado um terreno da autarquia por valor abaixo do mercado

Brasília|Jéssica Moura e Renato Souza, do R7, em Brasília

Carro da Polícia Federal em frente à sede do DNIT, em Brasília
Carro da Polícia Federal em frente à sede do DNIT, em Brasília Carro da Polícia Federal em frente à sede do DNIT, em Brasília

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (24), a Operação Daia para apurar indícios de corrupção e tráfico de influência no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Ao todo, os agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão em Goiás, Tocantins, São Paulo e no Distrito Federal.

O R7 apurou que o diretor de Infraestrutura Ferroviária do DNIT, Marcelo Almeida Pinheiro Chagas, é um dos alvos da investigação. No prédio do órgão em Brasília, os investigadores buscam documentos no segundo andar, onde funciona a Diretoria de Infraestrutura Ferroviária.

As investigações apontam que lobistas atuavam para favorecer uma empresa operadora de portos secos junto ao órgão federal. Os envolvidos, que também incluem servidores públicos, tiveram as contas bancárias bloqueadas por ordem da Justiça Federal.

Pelas redes sociais, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, declarou que a operação foi feita em parceria com Subsecretaria de Conformidade e Integridade.

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O esquema

De acordo com a PF, a empresa investigada venceu a licitação para administrar o Porto Seco de Anápolis (GO). No entanto, não conseguiu a habilitação do terreno indicado para a construção do terminal.

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Por isso, os lobistas foram procurados para negociar a compra de uma área que pertencia ao DNIT no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) por um valor abaixo do negociado no mercado.

Esses lobistas teriam, segundo a investigação, negociado a compra com funcionários do DNIT. Mediante o pagamento de propina, os servidores teriam favorecido os interesses da empresa dentro do órgão. Feitas as negociações, o terreno foi avaliado pela autarquia em R$ 11 milhões. A Polícia Federal aferiu, no entanto, que a propriedade chegaria ao valor de R$ 44 milhões.

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Os envolvidos podem responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e associação criminosa.

Em relação à operação desta terça (24), o DNIT divulgou a seguinte nota:

"O DNIT colabora com a investigação, visando a completa elucidação dos fatos. O Departamento está em permanente contato com os órgãos de controle e reafirma que pauta sua atuação dentro da legalidade e lisura, respeitando todos os princípios éticos da administração pública."

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