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Eleições terão apoio de observatório internacional, diz Barroso 

De acordo com o presidente do TSE, observadores acompanharão o processo, assim como ocorreu em 2020, com apoio da OEA

Brasília|Priscila Mendes, do R7, em Brasília

Barroso defende a segurança do processo eletrônico de votação
Barroso defende a segurança do processo eletrônico de votação Barroso defende a segurança do processo eletrônico de votação

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou, nesta quarta-feira (22), que o Brasil contará com um observatório internacional para acompanhar as próximas eleições, assim como ocorreu no pleito de 2020, quando houve apoio de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA). A afirmação ocorreu durante entrevista on-line à Associação Brasileira de Imprensa (ABI). 

“Os sistemas do TSE não estão imunes a ataques, assim como nenhum sistema no mundo. Estamos reforçando cada vez mais a cibersegurança, mas vale destacar que, mesmo que o sistema eleitoral seja derrubado, não há como fraudar as eleições. Isso porque as urnas brasileiras não entram em rede. Não tem como hackear uma urna eletrônica”, garantiu.

Barroso disse que houve um grave ataque, chamado de tentativa de negação de serviço, nas últimas eleições. Um hacker tentou invadir o sistema, mas não conseguiu derrubá-lo. “Ainda não se sabe de onde veio o ataque. Tenho suspeitas sérias, mas lido com fatos”, ponderou. O TSE ainda aguarda informações da Polícia Federal.

Mesmo com as tentativas de invasão, o presidente do TSE reforçou a segurança das urnas eletrônicas. Segundo ele, são 25 anos sem registro de fraude comprovada. “Acabamos com a fraude que sempre foi uma marca do processo eleitoral brasileiro ao longo do império, da república, e até mesmo pós 1988, quando tínhamos problemas com contagem e manuseio de votos. Esse é um balanço legítimo que traz integridade e reforça a vontade e a força popular dentro da democracia brasileira”.

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No entanto, Barroso diz que é compreensível o grau de desconfiança do brasileiro. “Temos um presidente, eleito com 58 milhões de votos, atacando o próprio sistema que o elegeu. É natural ter essa desconfiança quando se tem uma máquina governamental trabalhando, diuturnamente, contra o sistema eleitoral. Mas esse grau de desconfiança é pequeno. Cerca de 70% das pessoas acreditam e preferem o sistema de votação eletrônico”, ressaltou. 

Para ajudar ainda mais nas ações de reforço do sistema eleitoral brasileiro, Barroso disse que espera receber o relatório da OEA sobre as últimas eleições. Ele explica que isso ainda não ocorreu porque o Brasil está sem embaixador na organização e há impasses internos no governo para essa definição.

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“É a partir dessas observações da OEA, inclusive das críticas, que vamos aprimorar o nosso sistema. Aliás, criamos a Comissão de Transparência para ser uma comissão que não seja chapa branca, com o objetivo de sermos transparentes e estarmos aptos para consertar qualquer vulnerabilidade do sistema eleitoral”, destacou.

No dia 9 de setembro, o TSE divulgou os nomes dos integrantes da Comissão de Transparência das Eleições. A criação da comissão é uma das medidas para ampliar a transparência das urnas eletrônicas e do sistema de votação brasileiro. A próxima reunião está marcada para o dia 4 de outubro e contará com a participação de profissionais de tecnologia das principais universidades do país, representantes da iniciativa privada, sociedade civil e organizamos governamentais.

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