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Em 24 horas, duas mulheres são assassinadas dentro de casa no DF

Um homem também foi preso por tentativa de feminicídio, depois de agredir a esposa e a cunhada com uma barra de ferro

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Deam investiga um dos casos do fim de semana como feminicídio seguido por suicídio
Deam investiga um dos casos do fim de semana como feminicídio seguido por suicídio Deam investiga um dos casos do fim de semana como feminicídio seguido por suicídio

O fim de semana foi marcado por violência contra mulheres na capital federal. Duas vítimas morreram após serem atacadas dentro de casa. Os casos ocorreram entre a madrugada de sábado (16) e a de domingo (17), em diferentes pontos do Distrito Federal, e tiraram a vida de uma estudante universitária e uma empresária. No domingo, um homem também foi preso por ter espancado a mulher e a cunhada com uma barra de ferro.

O corpo da estudante de direito Milena Cristina Gonçalves, 24 anos, foi encontrado estrangulado e sem vida no apartamento onde morava, no Riacho Fundo II, na madrugada de sábado (16). Durante a noite, três homens estiveram com a estudante no apartamento dela. Dois eram amigos da jovem e o terceiro conhecido de um desses colegas.

Depois do encontro, o trio foi embora, mas um deles, Gabriel Borges, principal suspeito do crime, retornou ao local, dizendo que tinha esquecido um objeto na casa da vítima. Ele relatou aos policiais que usou drogas naquela noite e manteve relações sexuais violentas com Milena. 

Gabriel acionou a polícia e esperou a família da vítima na casa dela. Ele relatou que, quando acordou, Milena já estava sem vida, mas disse não saber a causa da morte. O suspeito foi preso e autuado por homicídio culposo. Foi fixada uma fiança de R$ 5 mil, mas, de acordo com a Polícia Civil, ele segue preso. A 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo) investiga o caso.

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Na madrugada do dia seguinte, a empresária Olívia Makoski, 48 anos, também foi encontrada morta a tiros dentro de casa, no Sol Nascente. O corpo do ex-marido dela, Francisco de Assis, 56, estava ao lado, também com marcas de tiro. As equipes da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) investigam o caso como possível feminicídio seguido de suicídio.

Em um processo em que a vítima pediu medida protetiva contra o ex-marido, ela relatou que era perseguida por ele com frequência, até mesmo quando ia à casa de uma das filhas. O casal ficou junto por 31 anos e teve três filhos, mas Olívia disse no processo que temia as reações do ex-companheiro.

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Em 21 de setembro, a Justiça determinou que ele fosse afastado de casa, já que, mesmo separados, ele permanecia na casa, além de o proibir de se aproximar da ex-mulher, ou manter contato com ela. Caso contrário, poderia ser preso preventivamente. Mesmo assim, ele foi até a casa da ex-mulher e a matou.

Agressões

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No domingo (17), um homem de 40 anos foi preso pela Polícia Civil depois de ter agredido a esposa e a cunhada com uma barra de ferro. O caso ocorreu em 9 de outubro na Vila Rabelo, em Sobradinho. As duas tiveram ferimentos na cabeça e no rosto e precisaram ser socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em estado gravíssimo. Elas foram submetidas a cirurgias.

As agressões teriam começado após uma discussão motivada por ciúmes. Segundo a polícia, o homem já tinha passagens por violência doméstica contra outras mulheres, ocasiões em que foi enquadrado na lei Maria da Penha. 

Violência de gênero

Os casos de feminicídio na capital federal neste ano já superam os registrados em 2020. Pelo monitoramento da Secretaria de Segurança Pública, até 2 de setembro, foram 19 assassinatos de mulheres, contra 18 em todo o ano passado. Com as últimas notificações, esse número pode subir para 21. 

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