A Polícia Federal enviou, nesta quinta-feira (27), ao Supremo Tribunal Federal, a íntegra do depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em inquério sobre as invasões às sedes dos Três Poderes. Bolsonaro prestou depoimento na quarta-feira (26), na sede da PF, em Brasília.
A investigação foi um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou indícios de incitação à prática de crime em uma postagem do ex-presidente nas redes sociais, que questionava, sem provas, o resultado das eleições presidenciais de 2022.
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O ex-presidente chegou à sede da PF, em Brasília, pouco antes das 8h50, acompanhado da defesa, e saiu por volta de 11h20. No depoimento, Bolsonaro disse que não tem o hábito de repostar vídeos de pessoas desconhecidas; que foi alertado que houve uma postagem e que, ao perceber o erro, retirou a publicação e que considera as eleições de 2022 "uma página virada em sua vida".
Bolsonaro alegou que repudia e condena todo e qualquer ato que vise a abalar a ordem democrática e que, durante os seus quatro anos de governo, sempre atuou dentro das "quatro linhas" da Constituição.
No depoimento, Bolsonaro respondeu apenas sobre uma postagem feita em 10 de janeiro que questionava as eleições e fazia ligação aos atos extremistas do 8 de Janeiro.
Acima da cadeira queimada, está o quadro “Os Bandeirantes de Ontem e de Hoje”, do artista Masanori Uragami. A obra, feita em 1971, é um mural de 8,75m²
Questionado sobre sua opinião em relação ao processo eleitoral, o ex-presidente afirmou que, ao postar o vídeo, não o havia assistido em sua integralidade e, em momento algum, emitiu juízo de valor sobre o conteúdo do vídeo.
Ainda sobre o vídeo, o ex-presidente disse que em 8 de janeiro fez uma postagem em rede social repudiando os atos de vandalismo ocorridos no mesmo dia e que, naquele dia, passou mal com obstrução intestinal, foi internado e medicado.