O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) realizou a 11ª edição do programa Segurança Pública em Foco, sobre a segurança nas escolas e o aumento dos atentados e ameaças às instituições de ensino do país. Especialistas e representantes de órgãos de segurança participaram da cerimônia, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (10).
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O diretor de Operações Integradas do Ministério da Justiça, Romano José, explicou as ações do projeto “Escola Segura” e a forma com que a inteligência da Polícia Civil identifica os possíveis atentados. Segundo ele, em 2021 foram realizados 31 ofícios indicando possíveis planejamentos de atentados a escolas, em 16 estados. O levantamento mostra que em 2022 o número subiu para 88 comunicações, em 21 estados, e até março de 2023 foram realizadas 16 comunicações sobre possíveis atentados.
O Presidente da Comissão da Infância, Juventude e Educação do CNMP, Rogério Magnus Verela, defendeu os serviços de psicologia em escolas públicas; “Em uma ação feita em 20 segundos não teríamos condições de inibir [possíveis ataques]. Nosso trabalho tem que ser preventivo, fortalecendo o mental e o psicológico dessas crianças”, afirma.
O debate no CNMP foi motivado pelo aumento do número de ataques violentos em escolas e para explicar quais providências devem ser tomadas para enfrentar esse tipo de violência, além de prevenir novos episódios. No fim da reunião, os palestrantes receberam as placas de agradecimento pela participação da 11ª edição do programa Segurança Pública em Foco. Além de Romano José e Rogério Magnus, o conselheiro do CNMP, Jaime de Cassio Miranda, também participou do evento.
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Segurança nas escolas
Em 13 de abril, o Governo do Distrito Federal anunciou que vai elaborar um plano de segurança para as instituições de ensino. Segundo o GDF, o conjunto de medidas vai prevenir a violência e reforçar a segurança nas 1.624 escolas e creches das redes pública e privada, além de faculdades e universidades. As ações incluem o reforço no efetivo policial, a participação de vigilantes e o monitoramento de ameaças na internet.
Canal para denúncias de ameaças
O Ministério da Justiça criou um canal para receber denúncias sobre ameaças e ataques contra as escolas. A medida faz parte de um pacote de ações de prevenção criado pelo governo federal após o atentado em que uma creche em Santa Catarina, onde quatro crianças foram mortas e outras quatro ficaram feridas (clique aqui para ler mais).
Ameaças no Distrito Federal
Um aluno de uma escola particular de Águas Claras publicou ameaças nas redes sociais sobre um possível ataque à instituição, em 29 de março. De acordo com a Polícia Militar, equipes do batalhão escolar foram acionadas e o caso foi registrado na Delegacia da Criança e do Adolescente (clique aqui para ler mais).
Também no DF, uma professora da rede pública foi investigada pela Polícia Civil do DF, após compartilhar nas redes sociais uma foto dizendo que estaria com uma roupa especial para um possível massacre que aconteceria na escola. Na foto, diante de um espelho, a mulher mostra suas roupas e escreve “Look de hoje: especial massacre. Se eu morrer hoje estarei belíssima pelo menos” (clique aqui para ler mais).
*Estagiária sob supervisão de Fausto Carneiro.