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Enem: ministro diz que poderia alterar questões, mas desistiu

Segundo o ministro da Educação, Milton Ribeiro, ele deixou de modificar as provas do Enem para não prejudicar alunos

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Coletiva do Ministério da Educação sobre o Enem, nesta segunda-feira (29)
Coletiva do Ministério da Educação sobre o Enem, nesta segunda-feira (29) Coletiva do Ministério da Educação sobre o Enem, nesta segunda-feira (29)

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, admitiu, nesta segunda-feira (29), que teve a oportunidade de acessar previamente as questões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano e alterá-las, mas disse que optou por não mudar a prova para não prejudicar os participantes.

“Não houve nenhuma tentativa [de mudar as questões], eu não iria tentar simplesmente [trocar as perguntas]. Quando eu percebi que a possibilidade de ter acesso às questões da prova iria trazer muito mais prejuízos do que benefícios aos estudantes, eu simplesmente dei um passo atrás. Eu abri mão desse direito”, disse Ribeiro, em coletiva do Ministério da Educação nesta tarde sobre o balanço do segundo dia de provas do Enem.

O ministro comentou que, em um primeiro momento, cogitou analisar as questões, visto que uma parte da sociedade desconfia do teor de algumas perguntas e levando em consideração que o Enem existe para avaliar se o jovem está capacitado para ter acesso ao ensino superior. Segundo Ribeiro, o exame “não é uma prova de convicções” e “a gente poderia analisar algumas questões que acho que são desnecessárias ainda”.

No entanto, Ribeiro diz que preferiu mudar de opinião por entender que “as provas foram do mesmo padrão e estilo” de edições anteriores. Além disso, ao negar que houve interferência na prova, o ministro frisou que “jamais me permitiria ser usado ou manipulado para fora daquilo que a lei estabelece nos limites legais”.

“Pensei que todos os ministros tinham regular acesso às questões das provas. Mas, diante da reação de alguns, eu simplesmente voltei atrás para não prejudicar. Não porque eu não tenha esse direito. Se fosse em qualquer tribunal, eu teria até direito de ter acesso ao conteúdo das provas. Eu poderia ter acesso, mas não tive acesso, não tive interferência e simplesmente voltei atrás em benefício dos estudantes para que a prova pudesse ter o sucesso que teve.”

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