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Ex de policial stalker fala pela 1ª vez: 'Achei que conseguiria ajudar'

Gustavo Rodrigues da Silva foi perseguido e esfaqueado pela policial civil Rafaela Motta. Ela foi presa por crime de stalking

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Gustavo Rodrigues da Silva, personal trainer perseguido pela ex
Gustavo Rodrigues da Silva, personal trainer perseguido pela ex Gustavo Rodrigues da Silva, personal trainer perseguido pela ex

O personal trainer Gustavo Rodrigues da Silva, ex-namorado da policial civil Rafaela Luciane Motta Ferreira, falou pela primeira vez sobre a relação conturbada que viveu com a agente de segurança do Distrito Federal. Rafaela está presa desde quinta-feira (2) por descumprir medida protetiva e stalking. Ela furou os pneus do carro de Gustavo e o esfaqueou com um canivete. 

"Agora estou vendo de fora, de uma outra situação; quando você está dentro do relacionamento, acha que consegue contornar e ajudar", comentou Gustavo em entrevista exclusiva ao repórter Alessandro Saturno, da Record TV. A reportagem foi ao ar ontem (5) no Domingo Espetacular

O personal conta que conheceu Rafaela em dezembro de 2019 por meio de um aplicativo de namoro, e os dois começaram a se relacionar em janeiro de 2020. Mas não demorou muito para que ela revelasse um comportamento descontrolado e agressivo, sobretudo quando era contrariada, segundo o ex-namorado.

Um vídeo entregue aos investigadores mostra Rafaela agredindo Gustavo com tapas e socos no rosto. Em outra filmagem, é possível ver o rastro de destruição deixado pela policial no apartamento. Ela quebrou uma porta de vidro, rasgou a base da cama e cortou roupas do filho de Gustavo, uma criança de 5 anos, segundo as acusações.

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Policial tem histórico de perseguição e agressões ao ex-companheiro, de quem não poderia se aproximar
Policial tem histórico de perseguição e agressões ao ex-companheiro, de quem não poderia se aproximar Policial tem histórico de perseguição e agressões ao ex-companheiro, de quem não poderia se aproximar

Ela também ameaçou alunos e a irmã de Gustavo, Gisele Rodrigues da Silva. “Meu namorado colocou um segurança pra mim porque não é só meu irmão nessa situação toda”, disse Gisele à reportagem.

Histórico de agressões

Rafaela Motta, 40 anos, já havia sido presa em agosto deste ano pelo crime de stalking contra a mesma vítima. No histórico, ela ainda responde a um processo administrativo disciplinar e a diversos procedimentos na Corregedoria-Geral da corporação.

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“A gente descobriu que ela havia colocado um rastreador no veículo do ex-namorado e acompanhava toda a movimentação dele. Ela usava disfarces, perucas e diferentes veículos locados para esse fim”, detalhou o corregedor da Polícia Civil do Distrito Federal, Adval Matos Cardoso.

A polícia encontrou uma carta no apartamento de Rafaela com ameaças a ex-namorados e uma lista de ações contra Gustavo. Ela enumera as intimidações prioritárias. A primeira delas é o cachorro do personal. A cadela, da raça border collie, desapareceu um dia após uma briga entre o casal.

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Carta com ameaças é encontrada na casa de Rafaela Motta
Carta com ameaças é encontrada na casa de Rafaela Motta Carta com ameaças é encontrada na casa de Rafaela Motta

“Eu não imaginava que a mulher [Rafaela] poderia fazer algum mal, ela já conhecia minha cachorra fazia uns três meses e chegou a dizer que criavam border collies na fazenda do pai dela”, disse Gustavo. Rafaela também entrou na casa do ex e levou roupas e armas de airsoft.

Em outra página, Rafaela ameaça outros ex-namorados e fala em contratar matadores de aluguel. “Rafael vai morrer envenenado. Vou ver ele no caixão. Depois vou perseguir tanto, eu vou pagar quantos assassinos de plantão forem necessários para acabar com a vida de todos eles”, escreveu. Segundo a defesa da policial, existem relatos médicos no processo que detalham a questão psíquica da agente de segurança.

Rafaela está presa por tempo indeterminado por crime de stalking. A prática foi tipificada em abril deste ano no Código Penal como crime de perseguição, que ocorre quando as tentativas de contato são exageradas. No Distrito Federal, de abril a junho deste ano, a Polícia Civil registrou 242 ocorrências desse tipo, uma média de três denúncias por dia. 

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