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Flávio Bolsonaro diz que pai não pode interferir na política da Petrobras

Senador e coordenador da campanha à reeleição do mandatário diz que medida causaria 'uma instabilidade geral' no país

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, nesta quarta-feira (18), que o presidente Jair Bolsonaro não pode interferir na política de preços adotada pela Petrobras. "Se ele fizer isso, causa uma instabilidade geral. O dólar vai lá para as alturas, desvaloriza o valor da empresa na bolsa de valores e acaba piorando", disse.

Questionado se a mudança poderia ocorrer em eventual mandato de reeleição, o senador negou. Flávio argumentou que a possível alteração na política de preços deve ser feita pelo conselho da estatal.

"Com certeza não. Se fosse para fazer, ele teria feito. Eu acho que uma grande parte da solução desse problema passa pela decisão do conselho, de pegar uma parte desse lucro que ela tem e fazer com que o preço final na bomba diminua. Eu não sei de que forma, mas é uma decisão do conselho", relatou, em entrevista ao SBT.

A Petrobras adota o modelo PPI (Preço de Paridade Internacional), o que faz com que o preço da gasolina, do etanol e do diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional. Bolsonaro, que critica constantemente a empresa e a política de preços, recusou comentar, recentemente, uma eventual troca no comando da estatal.

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"Pergunta para o Adolfo Sachsida. Ele é o ministro de Minas e Energia e trata disso. E eu deixo bem claro que todos os meus ministros, sem exceção, têm carta branca para fazer valer aquilo que achar melhor para o seu ministério", disse o presidente em conversa com apoiadores na Praça dos Três Poderes, no último domingo (15).

Questionado especificamente sobre José Mauro Coelho, presidente da Petrobras, o chefe do Executivo relatou que o químico está há um mês no cargo. Bolsonaro voltou a criticar o lucro de R$ 44,5 bilhões registrado no primeiro trimestre deste ano pela estatal.

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"As petrolíferas do mundo todo diminuíram a margem de lucro, já a Petrobras aumentou. O que eu apelei há duas quintas-feiras? Por favor, Petrobras, não quebre o Brasil. A margem de lucro deles é um estupro", comentou.

O presidente afirmou que, caso tenha interesse, a política de preços usada pela Petrobras pode ser alterada. "A PPI (política de paridade internacional) não é uma lei, é uma resolução do conselho. Se o conselho achar que deve mudar, muda", contou. "Mas não pode a população como um todo sofrer essa barbaridade, porque atrelado ao preço dos combustíveis está a inflação", completou.

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