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Gestora da Saúde do DF impediu acesso a equipamentos de empresa após quebra de contrato, diz dono

Iges-DF declarou que precisou assumir os trabalhos da empresa contratada para garantir a alimentação em hospitais

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

O Hospital Regional de Santa Maria é gerido pelo Iges
O Hospital Regional de Santa Maria é gerido pelo Iges O Hospital Regional de Santa Maria é gerido pelo Iges

Um empresário procurou a Polícia Civil para tentar reaver os equipamentos de cozinha da empresa Salutar, que, segundo ele, estão em poder do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Waldenes Barbosa disse para os policiais que está proibido de entrar no Hospital de Base do DF e no Hospital Regional de Santa Maria para fazer um levantamento do material da sua empresa. 

Segundo consta no boletim de ocorrência, além das duas cozinhas, existem equipamentos, ainda, em bases de apoio de 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do DF. "Todo o maquinário e equipamentos das citadas cozinhas são de nossa propriedade", afirmou o empresário à polícia.

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A disputa entre a Salutar e o instituto começou porque, de acordo com o Iges, a empresa não estaria prestando os serviços acordados. Em 11 de maio, o instituto assumiu o trabalho da Salutar, incluindo a gestão dos funcionários e equipamentos e, em 8 de junho, rescindiu o contrato.

O empresário, por outro lado, afirma que a empresa enfrentou dificuldades por conta da alta dos preços dos alimentos e que pediu ao Iges um reajuste do contrato, o que não aconteceu. "O Iges nunca avaliou. E o nível de cobrança [do instituto] era grande. E nós avisamos que no preço que estão pagando, era impossível atender", defendeu.

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Nova contratação

Depois de encerrar o contrato, o Iges convocou uma nova empresa. De acordo com Barbosa, o que causou estranhamento foi o instituto se recusar a reajustar o contrato, mas fechar negócio com outro estabelecimento a um preço mais elevado. Segundo o empresário, o valor dos serviços subiu de R$ 73 milhões para R$ 173 milhões.

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), porém, suspendeu o segundo contrato por indícios de irregularidades. O R7 procurou o Iges para comentar sobre o boletim de ocorrência, mas até o momento não obteve resposta.

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"Sem refeições"

A respeito da briga com a empresa, o instituto informou, na segunda-feira (4), que "se viu obrigado a assumir uma operação alimentar-hospitalar e assumir também o pagamento dos empregados da empresa, para não deixar pacientes e trabalhadores sem refeições."

Ainda segundo a nota, o órgão teria notificado a empresa inúmeras vezes, por questões em desacordo com o contrato e até de segurança alimentar, o que teria impossibilitado novas negociações "por ter se estabelecido quebra de confiança quanto à realização das atividades, fundamentais aos pacientes".

Waldenes Barbosa negou. "Eles nunca nos notificaram e nós nunca paramos o serviço. No dia que eles disseram que paramos e que eles assumiram, tivemos uma audiência no Ministério Público do Trabalho para tratar de qualidade dos serviços. Não foi sequer tocado nesse assunto. Eles assumiram na marra", afirmou.

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