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Gleisi barra nomeações para cargos do governo e é alvo de críticas

Presidente do PT tem atuado nos bastidores com o comando do Executivo, que tem 'base inconsistente' no Congresso Nacional

Brasília|Do R7, em Brasília

Deputada Gleisi Hoffman, presidente nacional do PT
Deputada Gleisi Hoffman, presidente nacional do PT Deputada Gleisi Hoffman, presidente nacional do PT

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), tem sido criticada por supostamente barrar nomeações para cargos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e criar desconforto com partidos que fazem parte da base do petista no Congresso Nacional.

Membros da bancada do PSD no Senado se reuniram na terça-feira (14) com os ministros que são filiados à legenda, ocasião em que demonstraram insatisfação com o governo por causa da não liberação de cargos e obras nos estados. Eles ainda criticaram a presidente do PT por desavenças com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Participaram os ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e André de Paula (Pesca e Aquicultura). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que é do partido, também participou de parte da conversa.

"O PSD vai ajudar o governo em tudo o que for de interesse do povo brasileiro, sem dúvida, mas é claro que todos aqueles que trabalham para o governo precisam ter também a atenção do governo, para atender, sobretudo, às suas reivindicações em seus estados, de obras importantes, de posições políticas", afirma o senador Otto Alencar (PSD-BA).

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Desentendimento com o ministro de Minas e Energia

Recentemente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enviou uma lista de indicações ao Conselho de Administração da Petrobras. Alguns desses nomes, contudo, não agradaram ao PT.

Em entrevista, a presidente do PT cobrou o ministro para que não cometa "estelionato eleitoral" e entenda que a Petrobras, na visão do governo, deve cumprir as promessas feitas por Lula durante a campanha eleitoral de 2022.

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A bancada é solidária a Silveira. "Tomamos a iniciativa de prestar solidariedade ao ministro Alexandre Silveira, que tem sido atacado por pessoas do próprio governo. Ao nosso sentir, essas coisas têm de ser tratadas internamente", disse Alencar.

"Esse fogo amigo pode causar desarmonia dentro do próprio ministério, e o ministro Alexandre Silveira tem feito um esforço muito grande para conduzir da melhor forma possível", acrescenta.

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'Base inconsistente'

O entrave de Gleisi com o ministro ocorre durante a falta de consistência na base de Lula no Congresso Nacional, o que prejudica a governabilidade do petista, necessária para a aprovação de projetos de interesse do Executivo.

No último dia 6, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o Legislativo e o Executivo federal precisam caminhar juntos para viabilizar a aprovação de uma reforma tributária, mas alertou o governo da necessidade de negociar com "bom senso", uma vez que, segundo ele, Lula nem sequer possui uma "base consistente".

"Hoje, o governo ainda não tem uma base consistente nem na Câmara nem no Senado, nem para matérias mais simples, quanto mais para matérias de quórum constitucional", afirmou Lira na ocasião.

União Brasil versus Gleisi

As bancadas do União Brasil na Câmara dos Deputados e no Senado divulgaram nota, em 5 de março, em que repudiavam falas de Gleisi sobre o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Ele está no centro de algumas polêmicas desde que assumiu o cargo, entre elas o uso indevido de verbas do chamado orçamento secreto. 

A presidente nacional do PT afirmou que o ministro deveria pedir afastamento do cargo para explicar as denúncias, e isso impediria o "constrangimento" do governo.

Órgãos sem comando

Mais de dois meses depois da posse, a gestão de Lula ainda não definiu os comandantes de ao menos 194 órgãos vinculados ao governo federal. Entre os departamentos estão secretarias de ministérios, empresas estatais, companhias, agências e diretorias. As informações foram coletadas pela consultoria Ética Inteligência Política, que analisou cerca de 500 órgãos que fazem parte da União.

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