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Governo deve manter desoneração da folha até reforma dos impostos sobre os empregos, diz Tebet

Medida beneficia 17 setores da economia que mais empregam; no Congresso, parlamentares querem que desoneração seja definitiva

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Simone Tebet diz que desoneração da folha deve ser mantida até aprovar reforma do emprego
Simone Tebet diz que desoneração da folha deve ser mantida até aprovar reforma do emprego Simone Tebet diz que desoneração da folha deve ser mantida até aprovar reforma do emprego

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o governo vai manter a desoneração na folha de pagamento de 17 setores da economia até que uma reforma sobre a tributação do emprego seja aprovada.

"Acredito que, enquanto a reforma sobre o emprego não vier, não vai haver reoneração desses 17 setores que estão desonerados em relação à folha por conta da quantidade de empregos que geram", afirmou Tebet, e disse que a decisão precisa ainda ser formalizada pelo Ministério da Fazenda. 

Atualmente, 17 setores da economia têm direito à isenção na folha, o que permite que as empresas paguem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de pagamento.

O governo federal vem trabalhando em uma proposta de reforma tributária em etapas. A primeira parte, que deve ser votada pelo Congresso até abril, tem foco na mudança da tributação sobre o consumo, e a segunda, com expectativa de ser apresentada no segundo semestre deste ano, foca a mudança dos impostos sobre a renda.

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Tebet declarou, durante um evento promovido pela Prefeitura de Araraquara (SP), que esta nova etapa visa ao emprego. "Nós precisamos de três reformas no Brasil. A mais difícil e complexa é essa que está aí. A segunda depende mais de uma lei complementar, que é o imposto sobre a renda, que mexe inclusive para que a gente possa chegar àquela isenção da tabela de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. A terceira etapa, que não significa que não possa caminhar junto, é a tributação sobre emprego", detalhou. 

No Congresso, parlamentares se articulam para garantir a desoneração permanente da folha de pagamento incorporada à proposta de reforma tributária que está sendo construída pelo governo federal. 

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"Não é correto que se tributem salários e se encareça o que mais precisamos no Brasil, que é gerar empregos. Há um consenso de que esse imposto sobre o salário é um desincentivador para a geração de empregos", comentou o deputado federal Marco Bertaiolli (PSD-SP), presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).

O que é desoneração

Criada em 2011 pela lei nº 12.546, com o objetivo de estimular a geração e manutenção de empregos, além de aumentar a competitividade das empresas por meio da diminuição dos custos com funcionários, a desoneração consiste em um mecanismo que permite às empresas pagarem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre as folhas de pagamento.

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A contribuição não deixa de ser feita, apenas passa a se adequar ao nível real da atividade produtiva do empreendimento. Em outras palavras, as empresas que faturam mais contribuem mais. Com isso, é possível contratar mais colaboradores sem gerar aumento da carga tributária (impostos).

Setores estratégicos

Entre os setores beneficiados pela medida de fomento econômico estão a construção civil, a infraestrutura, a fabricação de veículos, máquinas e equipamentos, a indústria têxtil e de calçados, a tecnologia da informação, os projetos de circuitos integrados, o transporte metroferroviário de passageiros, o transporte rodoviário coletivo, o transporte rodoviário de cargas, entre outros.

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