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Grupo que aplica 'golpe do nude' é alvo de operação policial

Investigação começou após vítima do DF denunciar caso. Homens extorquiram mais R$ 519 mil de vítimas em seis estados

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

DF teve vítima de quadrilha do 'golpe do nude'
DF teve vítima de quadrilha do 'golpe do nude' DF teve vítima de quadrilha do 'golpe do nude'

Após o primeiro registro do caso de uma vítima do "golpe do nude" no Distrito Federal, agentes da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) deflagraram na manhã desta sexta-feira (29) uma operação no Rio Grande do Sul que mira um dos integrantes de organização criminosa envolvida no delito.

Os policiais cumprem mandado de busca e apreensão em endereços ligados a um suspeito de concentrar o recolhimento do dinheiro extorquido. A vítima do DF chegou a repassar R$ 15 mil aos estelionatários e delatou o prejuízo. Outras 14 foram identificadas em seis estados, mas não denunciaram ter caído no golpe por vergonha. Uma delas chegou a pagar R$ 220 mil aos criminosos.

Vítimas

De acordo com as investigações, os estelionatários buscavam possíveis alvos pela internet. Eles avaliavam perfis de homens nas redes sociais e usavam como critério para selecionar as vítimas fatores como idade e classe social. Assim, homens casados e mais velhos eram a preferência do grupo. "Tudo para arrancar dinheiro mais fácil", explica o delegado Erick Sallum.

Conquista

Em seguida, utilizando um perfil falso, os criminosos se passavam por uma mulher e se diziam interessadas nos homens, com quem iniciavam uma conversa. Depois, pediam contato do WhatsApp, aplicativo em que teriam uma troca de mensagens íntimas, que incluía a troca de "nudes". Ao enviarem imagens da mulher nua, os golpistas pediam aos homens fotos íntimas também.

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Fraude

Depois disso, o tom da conversa mudava: assumiam a conversa suspostos pais de uma adolescente de 13 anos, que estaria se passando pela mulher adulta. O casal ameaçava as vítimas, alegando que as denunciaria à polícia, caso não pagassem pelo silêncio.

Extorsão

Entre as estratégias para dissuadir as vítimas, os golpistas enviavam vídeos falsos em que estariam na delegacia, a ponto de delatar o suposto assédio. "Eu mesmo achei no começo que fossem reais. Mas é tudo encenação, atores pagos pelos criminosos", ressaltou o delegado. Se os homens ainda assim se recusassem a pagar, os bandidos ligavam para as vítimas fingindo-se de policiais, que cobravam para arquivar a ocorrência.

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Os vídeos eram uma farsa. Compradas pela internet, as produções também são usadas por outros grupos que praticam o mesmo tipo de golpe e acabavam convencendo as vítimas. Ao receberem o valor da extorsão, os golpistas mandavam vídeo em que aparecem destruindo um celular com um martelo. A ideia era "tranquilizar" as vítimas de que as mensagens haviam sido destruídas. 

Lavagem de dinheiro

Os golpistas indicavam diversas contas bancárias para depósito do dinheiro, que estava pulverizado. Após a transferência, um dos estelionatários recolhia os valores em uma conta centralizada, da qual o recurso era sacado e distribuído a outros integrantes da organização, que ainda não foram identificados.

Investigação

Os suspeitos vão responder por extorsão, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas somadas que podem alcançar cerca de 26 anos de reclusão.

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