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Guedes estima crescimento inferior ao antecipado pelo ministério

Ministro calcula crescimento de até 4,4% em 2021, abaixo dos 5,3% previstos pela Secretaria de Política Econômica da própria Pasta

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Guedes vive momento de turbulência com denúncia de offshore e altas em preços diversos
Guedes vive momento de turbulência com denúncia de offshore e altas em preços diversos Guedes vive momento de turbulência com denúncia de offshore e altas em preços diversos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, estimou que a recuperação econômica brasileira será rápida, atrelando a isso a criação de vagas de emprego, o auxílio emergencial e o avanço da vacinação contra a Covid-19 durante a pandemia. Segundo ele, o Brasil caminha para uma taxa de crescimento de 4,3% ou 4,4% em 2021. Por outro lado, Guedes reconheceu a alta na inflação, afirmando tratar-se de um problema global. 

A declaração foi feita em evento virtual promovido pelo banco Itaú, durante as reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), nesta sexta-feira (8). Apesar da avaliação econômica otimista, o índice apresentado por Guedes é menor que os 5,3% previstos pela Secretaria de Política Econômica da própria Pasta. 

A inflação, segundo Guedes, interfere na capacidade de consumo. "Os preços estão subindo em todo o mundo, a inflação está subindo", disse o ministro, completando que, apesar de ser uma dinâmica global, "tem de haver resposta política" ao problema, e o governo federal trabalha nesse sentido.

Ainda assim, o ministro associou a estimativa de recuperação econômica ao incremento do movimento no comércio e nos serviços, e atribuiu esse cenário às medidas econômicas adotadas durante a pandemia. "O Brasil criou empregos durante a pandemia. Criou vagas, e não perdeu", disse. O auxílio emergencial foi outra estratégia destacada pelo ministro, além das "reformas estruturais promovidas". 

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Para manter os programas sociais, com o objetivo de aumentar a capacidade de consumo das classes mais vulneráveis, Guedes enfatizou a necessidade de votar a PEC dos Precatórios. A matéria está tramitando no Congresso, e as mudanças em relação ao pagamento das dívidas da União prometem trazer solução para a abertura fiscal capaz de bancar o novo Bolsa Família, respeitando o teto de gastos.

"As decisões judiciais explodiram e saíram do controle. O problema fiscal tem que ser controlado. A decisão tem que ser agora, não no ano que vem", pressionou Guedes. Por outro lado, ele destacou o papel do Congresso na aprovação de medidas econômicas emergenciais durante a pandemia e nas discussões sobre a reforma administrativa, que, para ele, ajudará mais o país porque "acaba com privilégios".

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Para injetar dinheiro no país, Guedes defendeu o programa de privatização do Executivo federal. "Aprovamos a privatização dos Correios e da Eletrobras, e estamos avançando", afirmou, ainda que os rumos dos Correios estejam sendo discutidos pelo Senado. Guedes citou os projetos que envolvem o marco legal do saneamento e do gás e ressaltou o sucesso do modelo exemplificando com o caso da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, que tinha "alguns problemas e falta de investimentos, e depois da privatização as coisas andaram em um ano". 

Resumindo as estratégias de governo, o ministro destacou o caráter "conservador nos costumes e liberal na economia". Ele admitiu haver crises institucionais, mas afirmou que os problemas ocorrem "em todos os lados". "Mas isso é da democracia", disse, citando a história da Suprema Corte norte-americana.

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