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Homem que precisa de bariátrica para viver espera cirurgia há 6 anos

Amigos de Wellington Dias Silva criaram 'vaquinha' para cirurgia após médico dizer que ele pode morrer sem o procedimento

Brasília|Isabella Macedo, do R7, em Brasília

Wellington relata dificuldade de se locomover e respirar; caso é considerado urgente
Wellington relata dificuldade de se locomover e respirar; caso é considerado urgente Wellington relata dificuldade de se locomover e respirar; caso é considerado urgente

Há mais de seis anos, Wellington Dias da Silva tenta fazer uma cirurgia que, segundo a última consulta médica, pode salvar a vida do homem. No início deste ano, o médico que o examinou afirmou que a cirurgia bariátrica precisa ser feita em cinco meses para que ele sobreviva. O trabalhador autônomo, de 39 anos, busca agendar um procedimento cirúrgico para redução de estômago na rede pública de saúde do Distrito Federal, mas acabou recorrendo a uma “vaquinha” na internet para conseguir realizar a cirurgia na rede particular, onde o preço pode a chegar a até R$ 40 mil.

Apesar de estar na fila do procedimento pelo SUS do DF, Wellington relatou ao R7 que encontrou diversas dificuldades, inclusive para marcar os exames pré-operatórios. “Mal e mal a gente faz um exame de sangue”, afirmou ele, que também disse que, mesmo ao conseguir realizar alguns dos testes exigidos, enfrentou burocracias e teve agendamentos desmarcados por falta de profissionais.

O autônomo chegou a 269 kg e contou ter sentido cada vez mais dificuldades para se locomover e respirar, o que tem impedido que ele siga trabalhando com seu trailer no Riacho Fundo. Ainda segundo ele, a chegada da pandemia dificultou ainda mais a procura por exames e a tentativa de realizar a cirurgia.

Silva contou a alguns amigos sobre a demora para conseguir a cirurgia e o prazo de cinco meses dado pelo médico em sua consulta mais recente. Na noite desta terça-feira (25), eles decidiram pedir a autorização para criar uma campanha de arrecadação virtual.

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O objetivo é conseguir os R$ 40 mil necessários para realizar a cirurgia bariátrica em um hospital particular. “Eles me perguntaram se eu me incomodaria, e eu disse que não. Não tenho esse dinheiro e não consigo marcar na rede pública, então não tem o que fazer”, disse Wellington.

Até o fim da tarde desta quarta-feira (26), a campanha já tinha nove apoios e arrecadação de R$ 630, equivalente a 1,5% da meta. A Secretaria de Saúde do DF foi procurada para se manifestar sobre o caso e sobre o tempo médio de espera para agendamento e procedimentos para a realização desse tipo de cirurgia. A pasta ainda não respondeu às perguntas encaminhadas até a última atualização desta reportagem.

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UTIs cheias

O DF é um dos estados com sobrecarga do sistema de saúde público após o aumento de casos da variante ômicron da Covid-19. Mesmo com a abertura de vagas em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) públicas na capital federal, a taxa de ocupação dos leitos destinados a pacientes com sintomas graves de Covid-19 segue em alta. Na manhã desta quarta-feira (26), o índice geral chegou a 98,44%, de acordo com o monitoramento do painel Infosaúde.

Desse modo, resta apenas uma vaga em toda a rede pública, e esse leito livre é destinado a recém-nascidos acometidos pela infecção. Os leitos para adultos estão 100% preenchidos.

Na madrugada de segunda-feira (24), uma moradora de Planaltina que apresentou resultado positivo para o teste de Covid-19 foi intubada em um box de emergência do Hospital Regional de Planaltina. Geni Soares deu entrada na unidade de saúde com dificuldade para respirar. Ela foi transferida de ambulância para o Hospital de Base, realizou exames e retornou à unidade de saúde de origem.

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