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Mais de 18 mil crianças já foram infectadas pela Covid-19 no DF

Em meio ao debate em torno da vacinação infantil, especialistas alertam sobre necessidade de se conter o avanço do vírus

Brasília|Alan Rios, do R7, em Brasília

Vacinação de crianças
Vacinação de crianças Vacinação de crianças

O Distrito Federal já registrou 18.554 infecções pela Covid-19 em crianças de 0 a 10 anos desde o começo da pandemia. Os números são do último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, que aguarda a orientação técnica do Ministério da Saúde para o início da imunização do público infantil.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já autorizou a vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos, mas o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, segue defendendo um processo de imunização somente após uma consulta pública. Na capital federal, há cerca de 268 mil moradores nessa faixa etária que seriam beneficiados com a aplicação das doses.

A própria Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde produziu uma nota técnica ratificando que a vacinação de crianças de 5 a 11 anos é segura. O documento científico ressalta ainda que esse público tem “a mesma probabilidade de ser infectado quanto os adultos” e pode “adoecer gravemente com evolução para hospitalização”, além das possíveis complicações a longo prazo.

No total, cinco famílias do DF perderam crianças de até 10 anos mortas em decorrência da Covid-19. Esse também é um ponto de preocupação citado pela infectologista Ana Helena Germoglio. “Qual o número aceitável de mortes ou de sequelas em crianças? Pior, mortes ou sequelas em crianças que poderiam estar imunizadas são aceitáveis?”, questiona. Ela afirma que a vacinação infantil é necessária por diversos motivos. Além da proteção desse público, há ainda a proteção de outras faixas etárias.

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“Temos o ganho secundário, de redução de transmissão. Se observarmos a dinâmica da Covid-19 nos outros países, fica fácil entender a necessidade de vacinar esse público. O vírus vai procurar se instalar onde existem menos barreiras para ele, onde não há anticorpos. Ou seja, em pessoas não vacinadas.”

O infectologista Julival Ribeiro também pontua: “Existe relatos, não só no Brasil, mas no mundo inteiro, de crianças que se contaminaram e vieram a óbito. A outra preocupação é que, uma vez que as crianças dessa faixa etária têm a contaminação, elas podem transmitir para pessoas idosas com comorbidades, por exemplo”.

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