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Mais de 23 milhões de brasileiros devem votar de forma voluntária

São jovens, idosos ou analfabetos que, mesmo dispensados da obrigação de votar, se cadastraram para participar da eleição 

Brasília|Do R7

Urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições deste ano
Urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições deste ano Urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições deste ano

As eleições de 2022 podem ter mais de 156 milhões de eleitores. Esse é o número de brasileiros aptos a votar no próximo dia 2 de outubro. Desse total, 23,34 milhões escolheram participar das votações de forma voluntária, já que não são obrigados.

São jovens entre 16 e 17 anos, pessoas com 70 anos ou mais e analfabetos. O voto, para esse público, é facultativo, de acordo com a Constituição Federal. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os eleitores que declaram não saber ler nem escrever ultrapassam 6 milhões, o que representa cerca de 4% de todos os brasileiros em condições legais de votar.

O resultado da soma do grupo de eleitores mais jovens, de 16 e 17 anos, com os eleitores que não sabem ler é de cerca de 2,116 milhões, um aumento de 50% em comparação com as últimas eleições, em 2018, quando houve 1.400.617 registros.

O número de eleitores com mais de 70 anos aumentou de 12 milhões, em 2018, para cerca de 14,8 milhões, em 2022. Desses, cerca de 184 mil têm mais de 100 anos.

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Leia mais: Brasil ganha 4,3 milhões de eleitores desde 2020

"Até hoje, eu não sabia que não era obrigada a votar", contou a diarista Maria Sônia Ribeiro da Silva, 50 anos, que é analfabeta. O direito dos analfabetos ao voto foi abolido em 1881 e só foi restituído em 1985, por meio de uma emenda constitucional que garantiu a uma parcela da população, que, à época, era ainda maior, o direito ao voto.

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"Eu votava porque achava que era o jeito. Que perderia o título de eleitor, pagaria multa caso não comparecesse. Até falei com meu marido que, se não fosse obrigatório, eu não votaria mais, porque é sempre a mesma coisa, as mesmas promessas. Por outro lado, também acho importante a gente participar, tentarmos fazer com que o país melhore. Tanto que, agora, sabendo que não sou obrigada, acho que vou repensar e, talvez, continuar indo votar", disse Maria. Ela contou que se informa sobre política por meio de telejornais e de conversas com parentes e amigos. 

A taxa de analfabetismo entre a população de 15 anos ou mais caiu de 13,63%, em 2000, para 9,6%, em 2010, segundo dados do último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A maioria dos eleitores que se autodeclararam analfabetos no momento do alistamento eleitoral tem entre 70 e 74 anos, de acordo com informações do TSE.

*Com informações da Agência Brasil

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