Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

PL pede demissões em banco após contrato de R$ 600 mi com ONG

Presidente do Partido Liberal enviou ofício em que pede a demissão do presidente e da diretoria do Banco do Nordeste

Brasília|Alan Rios, do R7, em Brasília

Contrato polêmico existe desde 2003, segundo banco, mas pode ser suspenso
Contrato polêmico existe desde 2003, segundo banco, mas pode ser suspenso Contrato polêmico existe desde 2003, segundo banco, mas pode ser suspenso

O presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, enviou um ofício a ministros, com cópia para o presidente da República, em que pede a "demissão do presidente e de toda a diretoria do Banco do Nordeste do Brasil (BNB)" após tomar conhecimento de um contrato de R$ 600 milhões da instituição com uma ONG.

Em vídeo, Valdemar conta que foi surpreendido, na última sexta-feira (24) à noite, com a notícia do contrato, enviada por WhatsApp pelo próprio presidente da República, Jair Bolsonaro.

“Respondi ao presidente: ‘Duvido, mas vou esclarecer’. Liguei para o presidente do banco e fui surpreendido. Ele estava contratando uma empresa, mas era muito caro o preço, e a ONG prestava um grande serviço. Achei uma barbaridade um banco contratar uma ONG por aproximadamente R$ 600 milhões por ano. E isso há muitos anos. Quando eles entraram no banco, já tinha esse contrato e a gente não tinha conhecimento”, detalha.

O pedido, feito nesta semana pelo PL, atinge um cargo indicado pelo próprio partido, segundo Valdemar Costa Neto. “A indicação do presidente do Banco do Nordeste, um diretor, é do Partido Liberal. [...] O Partido Liberal não pode manter diretores em um banco que encontra uma situação dessas e não toma providências”, afirmou.

Publicidade

O ofício com o pedido de demissão do presidente e da diretoria do BNB foi direcionado a ministros como Ciro Nogueira, da Casa Civil, e Flávia Arruda, da Secretaria de Governo. O contrato citado existe desde 2003, quando ocorreu o início do processo de expansão do programa de microcrédito produtivo e orientado urbano do BNB, de acordo com nota da instituição, e é firmado com o Instituto Nordeste Cidadania (Inec).

“Sua contratação está em conformidade com a legislação vigente. O Inec presta o serviço de operacionalizar os programas de microcrédito do Banco do Nordeste”, ressalta a nota do BNB. No entanto, ainda em 2019, a instituição financeira deu início a estudos técnicos que reavaliam a atuação no segmento de microcrédito e podem suspender termos de parceria.

Publicidade

Ainda segundo o banco, mudanças no modelo de atuação, no segmento de microcrédito, “precisam seguir os princípios da governança, compliance, ética, integridade e transparência”, e, neste momento, a instituição financeira “está na fase de modelagem desta atuação, definindo os parâmetros dos serviços”. “Quando concluídos os estudos, e se aprovadas as propostas de alteração da atuação, estas serão oportunamente comunicadas ao mercado”, conclui.

O R7 também entrou em contato com o Instituto Nordeste Cidadania, que afirmou que "não vai se posicionar, neste momento, acerca das declarações envolvendo seu parceiro público". 

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.