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Presidente do Senado repudia defesa de nazismo e anuncia sessão especial às vítimas do holocausto

Pacheco lembrou que 'defender o nazismo é crime' e que apologia a posições antissemitas deve ser condenada

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), iniciou a sessão plenária da Casa nesta quarta-feira (9) com uma mensagem de repúdio às manifestações em defesa de pensamentos nazista feitas nos últimos dias no Brasil. Ele anunciou ainda que o Senado fará uma homenagem às vítimas do holocausto na quinta-feira (10).

Os casos mais recentes que estão sendo investigados como possíveis crimes de apologia ao nazismo envolveram o youtuber Bruno Aiub, o Monark, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e o comentarista Adrilles Jorge.

Segundo Pacheco, "é lamentável que, em pleno século 21, ainda existam pessoas a defender que se tolere a disseminação de ideias que admitam a existência de regimes que pregam o genocídio de grupos populacionais, por quaisquer motivos".

O senador defendeu a liberdade de expressão, mas disse que "essa liberdade não pode consentir com atos e palavras que atuem contra o seu próprio fundamento". Segundo ele, o Senado deve "sempre atuar de forma a não tolerar a disseminação de qualquer ato que atente contra os princípios básicos de uma convivência humana harmoniosa, como o fazem algumas ideologias políticas caracterizadas pelo preconceito, xenofobia e ódio irracional".

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"Devemos estar sempre atentos para que fatos como os acontecidos recentemente não voltem a se repetir. Quem legitima o nazismo afronta a memória das vítimas e dos sobreviventes desse regime e desdenha das atrocidades por ele causadas. Defender o nazismo não é uma justa manifestação da liberdade de expressão. Defender o nazismo é crime", ponderou Pacheco. 

Declarações nazistas

Na última segunda-feira (7), durante entrevista do podcast Flow com Kataguiri e a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), Monark defendeu a criação de um partido nazista no país. "A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei", afirmou.

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Na sequência, Kataguiri comentou que acha errada a criminalização do nazismo. "O que eu defendo, que acredito que o Monark também defenda, é que por mais absurdo, idiota, antidemocrático, bizarro, tosco que o sujeito defenda, isso não deve ser crime. Porque a melhor maneira de você reprimir uma ideia é você dando luz naquela ideia, para ela seja rechaçada socialmente e então socialmente rejeitada."

Por conta disso, na terça-feira (8), o procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou a abertura de uma investigação para apurar se houve crime de apologia do nazismo praticado pelos dois. Além disso, o Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito civil contra Monark.

Já Adrilles Jorge polemizou ao fazer uma suposta saudação nazista ao se despedir em uma transmissão ao vivo da Jovem Pan, também na terça.

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