Wassef critica Coaf e elogia STF por decisão que anulou relatórios do conselho
ReproduçãoA defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) informou, nesta terça-feira (30), que vai requerer à Polícia Federal (PF) a instauração de um inquérito para investigar se houve condutas criminosas do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) no levantamento de dados que embasaram investigações sobre o suposto esquema de rachadinhas pelo parlamentar.
O advogado do senador, Frederick Wassef, alegou que o conselho promoveu fake news e crime de calúnia contra Flávio. "O Coaf agia como central de espionagem, um serviço secreto. Existe uma organização criminosa infiltrada dentro do conselho", disse no Salão Azul do Senado nesta terça.
Ao sustentar as supostas ilegalidades realizadas pelo conselho, Wassef afirmou que a autarquia, que tem função de "informar ou compartilhar dados preexistentes, ou seja, se existe movimentação financeira atípica", agiu como "órgão de persecução penal, como polícia judiciária".
"O Coaf investigou, procedeu a inúmeras diligências, tipificou condutas, desenhou esquemas de organização criminosa, praticou todos os atos vedados à autarquia", disse, sustentando, ainda, que "movimentação financeira atípica não é crime, não é ilícito".
Wassef elogiou a Corte, que, mais cedo, manteve o foro especial do parlamentar e invalidou quatro dos cinco relatórios do Coaf que serviram de base para as investigações do Ministério Público do Rio. O placar foi de 3 votos a 1.
"Os ministros foram claros em afirmar que o Coaf e alguns membros do conselho foram usados para fins políticos de pura perseguição", declarou Wassef, completando que "a vitória é do Brasil: a Constituição foi salva pelo STF".