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Senado aprova convite para ouvir Campos Neto sobre taxa Selic 

Por se tratar de convite, o presidente do Banco Central pode escolher se vai falar à Comissão de Assuntos Econômicos

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deve ir ao Senado prestar esclarecimentos sobre a taxa de juros do país, a Selic, atualmente em 13,75%. A Selic é a taxa básica de juros da economia e influencia os juros de todo o país. Ela é utilizada pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. O índice é alvo de ataques do presidente Lula e da ala radical do PT, que não aceitam a autonomia do Banco Central.

O convite para ouvir Campos Neto foi aprovado nesta terça-feira (14) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e com a data para o comparecimento dele em 4 de abril. Como se trata de um convite, o presidente do BC pode se recusar a ir ao Senado para prestar informações. O presidente da CAE e autor do pedido, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), quer informações sobre a manutenção desse índice (13,75%) como a principal ferramenta para conter a inflação.

A Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Como a próxima reunião do grupo ocorre nos dias 21 e 22 de março, a ida de Campos Neto foi deixada para depois do encontro, que pode trazer uma revisão da atual taxa de juros.

Na ocasião, Campos Neto também deverá prestar esclarecimentos sobre o erro bilionário nos dados do fluxo cambial (saldo de entrada e saída de moedas estrangeiras no país). O Banco Central informou que houve erro na compilação dos dados do fluxo cambial relativos às importações, com subestimativa dessa variável no valor total de US$ 14,5 bilhões.

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Autor do requerimento, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) justificou a necessidade de ouvir Campos Neto sobre o tema para esclarecer o que permitiu a ocorrência e a permanência do erro. "É bem possível que haja graves insuficiências nos controles internos da instituição, o que é especialmente preocupante dada a elevada importância do Banco Central na economia brasileira", disse Vieira. 

Os senadores também querem saber quais os impactos negativos da falha e quais medidas estão sendo tomadas para que o erro não se repita. Segundo Vieira, é necessário "aperfeiçoar os controles internos da instituição frente à sua clara insuficiência". 

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