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Vacina da Pfizer: Anvisa autoriza incluir na bula a dose de reforço

Recomendação vale apenas para maiores de 18 anos. Novidade foi antecipada durante reunião da agência nesta quarta-feira (24)

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

A Anvisa autorizou a dose de reforço da Pfizer após seis meses do fim do esquema primário
A Anvisa autorizou a dose de reforço da Pfizer após seis meses do fim do esquema primário A Anvisa autorizou a dose de reforço da Pfizer após seis meses do fim do esquema primário

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, nesta quarta-feira (24), a mudança da bula da vacina contra a Covid-19 da Pfizer para que seja incluída uma dose de reforço aplicada após seis meses da imunização completa. Ainda que a vacina tenha aval para uso em pessoas acima de 12 anos, a nova medida valerá somente para o público a partir de 18 anos.

Conforme adiantado pelo gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos, Gustavo Mendes, a resolução que muda a posologia da Comirnaty foi publicada em edição extra no Diário Oficial na tarde desta quarta-feira (24). "Isso representa um esforço da área técnica para que todas as informações relativas às vacinas sejam informações regulatórias que passam pelo crivo de avaliação de qualidade, segurança e eficácia. Faz parte do movimento de esclarecer à sociedade por que fazemos o que fazemos", disse Mendes. 

Na justificativa para solicitar a inclusão, a Pfizer apresentou dados de estudos científicos que mostram a diminuição de anticorpos neutralizantes e, como consequência, da eficácia da medida preventiva contra a Covid-19. Além disso, a empresa afirmou que a variante Delta e a relação de maior transmissibilidade têm potencial para diminuir a proteção vacinal. 

Mendes ressaltou que os dados apresentados possuem uma origem sólida, com estudo de fases 1, 2 e 3, incluindo a participação de mais de 300 pacientes. "Os estudos que embasam uma decisão da agência são aqueles que passam por um rigor regulatório de rastreabilidade e confiabilidade que suporta uma decisão como essa", justificou, detalhando que um artigo publicado em uma revista de renome nem sempre possui as características para embasar tais autorizações. 

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Os resultados das avaliações permitiram concluir que o perfil de reações observado após a dose de reforço foi semelhante àquele observado após a dose 2 do regime inicial. "A linfadenopatia [inchaço das glândulas do sistema imunológico] é uma exceção. Essa reação foi relatada mais frequentemente após a dose de reforço", ponderou o gerente. 

Ainda assim, a avaliação do setor foi que o uso da terceira dose é positivo a depender do contexto epidemiológico da pandemia no país e da tendência de queda da efetividade da vacina. "No balanço do risco-benefício, e graças à raridade desses eventos, decidimos que essas incertezas são pontos de observação, mas não são limitantes para uma decisão", disse Mendes. 

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No entanto, para aceitar a mudança, a Anvisa determinou uma série de condicionantes que devem ser cumpridas pela Pfizer. A farmacêutica está incumbida de apresentar dados clínicos adicionais sobre eficácia, imunogenicidade e segurança da dose de reforço, além de um plano de gerenciamento de risco com inclusão da dose de reforço. 

Cabe ao Ministério da Saúde indicar se aplicará a terceira dose com a mesma vacina, conforme a mudança autorizada pela Anvisa. Anteriormente, o ministro Marcelo Queiroga chegou a dizer que a terceira dose da Pfizer seria de outra vacina que não a utilizada no esquema primário, mas não cravou uma decisão, afirmando que ainda seria necessária a avaliação dos estudos. 

Veja o Vacinômetro do R7, que mostra os índices da vacinação no país:

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