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'Vai pegar uma situação que não é fácil', diz Mourão sobre novo presidente da Petrobras

Vice afirma que Caio Paes, indicado ao cargo, é competente, mas que questão do preço do combustível ‘não é simples’ de resolver

Brasília|Lucas Nanini, do R7, em Brasília

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão O vice-presidente da República, Hamilton Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão comentou nesta terça-feira (24) a indicação de Caio Mario Paes de Andrade para a presidência da Petrobras. Para ele, o gestor terá o desafio de lidar principalmente com a questão do custo dos combustíveis, já que a estatal adota a política do PPI (Preço de Paridade Internacional), o que faz com que o valor cobrado por gasolina, etanol e diesel acompanhe a variação do preço do barril de petróleo no mercado internacional.

“Ele tem competência, mas vai pegar uma situação que não é fácil. Porque, já comentei várias vezes com vocês, o problema do preço do petróleo está ligado à situação internacional, essa flutuação por causa do conflito da Ucrânia, da saída da Rússia do mercado, dos nossos problemas internos aqui”, disse.

Entre as questões internas, o vice-presidente afirmou que o Brasil não tem capacidade de refino suficiente em relação ao que é produzido. “Transportamos grande parte do nosso combustível em caminhão, falta duto aqui, que poderia baratear o transporte. Não é tão simples esse problema.”

Mourão também declarou que as oscilações do mercado internacional não são boas para o mercado brasileiro. “Numa semana o barril [de petróleo] vai para US$ 112, na semana seguinte ele cai pra US$ 98. Se vai ficar nesse zigue-zague, fica ruim.”

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Prédio da Petrobras
Prédio da Petrobras Prédio da Petrobras

Para Mourão, as constantes mudanças na presidência da Petrobras não são uma “intervenção” do governo na estatal. “Está dentro da atribuição do presidente, ele tem a prerrogativa de nomear o presidente da Petrobras”, disse o vice-presidente. Para ele, o processo até que Paes assuma o cargo deve levar de 30 a 40 dias.

Caio Paes foi indicado pelo Ministério de Minas e Energia para o posto e deve substituir José Mauro Ferreira Coelho, que foi demitido nesta segunda-feira (23) após 40 dias no cargo. Coelho foi o terceiro a ocupar o posto na estatal durante o governo Bolsonaro, depois de Joaquim Silva e Luna e Roberto Castello Branco.

Formado em comunicação social pela Universidade Paulista, Paes tem pós-graduação em administração e gestão pela Universidade Harvard e é mestre em administração de empresas pela Universidade Duke, ambas nos Estados Unidos. Ele também atuou à frente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados).

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