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Aceleramos o estiloso Mercedes-Benz GLC 250 Coupé

SUV de luxo mescla linhas de utilitário e cupê; visual frontal agressivo chama a atenção

Carros|Diogo de Oliveira, do R7

A grade "diamante" é um dos elementos mais marcantes do GLC Coupé; dianteira é agressiva
A grade "diamante" é um dos elementos mais marcantes do GLC Coupé; dianteira é agressiva A grade "diamante" é um dos elementos mais marcantes do GLC Coupé; dianteira é agressiva

Estilo é algo que os brasileiros adoram. O design é um dos principais motivos de compra de carros por aqui. Mas, misture dois tipos nada parecidos, e chegamos ao novíssimo Mercedes-Benz GLC Coupé. Com linhas afiadas e dianteira um tanto agressiva, o utilitário mistura o porte de SUV a traços de cupê, com caimento acentuado do teto na porção traseira. O desenho é moderno e tem seu exotismo. O destaque é a grade frontal preenchida por pontos cromados. O modelo acaba de desembarcar no País por R$ 299,9 mil.

Por enquanto, o GLC Coupé será comercializado em versão única, a 250, com o conhecido 2.0 turbo a gasolina de injeção direta, capaz de gerar até 211 cv de potência a 5.500 rpm, e um belo torque de 35,7 kgfm entre 1.200 e 4.000 rotações. O motor é gerenciado pela transmissão automática de nove marchas (9G-tronic) e oferece números surpreendentes. Mesmo com mais de 1,7 tonelada, leva apenas 7,3 segundos para arrancar de 0 a 100 km/h. A velocidade máxima é de 222 km/h, segundo dados oficiais.

Traseira da versão cupê é bem diferente da versão normal do GLC; tampa tem abertura elétrica
Traseira da versão cupê é bem diferente da versão normal do GLC; tampa tem abertura elétrica Traseira da versão cupê é bem diferente da versão normal do GLC; tampa tem abertura elétrica

Com tração integral permanente (4Matic), o SUV-cupê é derivado do GLC, que nasce da plataforma moderna do sedã Classe C. Só que a versão esportiva é maior. Tem 4,73 metros de comprimento, por 1,89 m de largura e 1,60 m de altura, com generosos 2,87 m de entre-eixos — é 8 cm mais comprida e 4 cm mais larga. As medidas refletem sobretudo no porta-malas, que em posição normal oferece 645 litros. Se os bancos forem rebatidos, o espaço para malas no compartimento chega a impressionantes 1.785 litros.

Visto por fora, o utilitário é imponente e agressivo. Além da grade "diamante", a dianteira tem os sofisticados faróis full LED de alta performance, que à primeira vista parecem ser de xenônio. Seus canhões de luz têm um poder de iluminação impressionante — não é exagero dizer que transformam a noite em dia. A temperatura dos fachos é bem próxima à luz natural do dia, o que acaba por cansar menos os olhos que os faróis de xenônio, proporcionando maior visibilidade e segurança em viagens noturnas.

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Faróis full LED não só marcam o design, como também são potentes e parecem de xênon
Faróis full LED não só marcam o design, como também são potentes e parecem de xênon Faróis full LED não só marcam o design, como também são potentes e parecem de xênon

Esta tecnologia dos faróis é a mais moderna da Mercedes-Benz, e chegará em breve a todos os carros da marca. Mas faltou incluir no GLC Coupé o sistema de faróis automáticos, que alterna automaticamente entre os fachos alto e baixo. No modelo que testamos, a mudança fica com o motorista. Por sinal, o SUV-cupê é bem recheado, mas decepciona na relação custo/benefício. A lista de fábrica não traz vários itens esperados, como alerta de ponto cego nos retrovisores e assistente de permanência em faixa.

Segundo a fabricante alemã, os sistemas semiautônomos da marca ainda estão em processo de calibração para o Brasil. Isso explica porque o utilitário também não vem com controle de cruzeiro adaptativo (ACC), que acelera e freia o carro sozinho, operando a partir de sensores e câmeras. Nesse sentido, o GLC Coupé deixa a desejar. Mesmo assim, há grande quantidade de equipamentos a bordo, especialmente na parte de conforto. O acabamento é outro ponto alto. A cabine é simplesmente impecável.

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Cabine do GLC Coupé é praticamente igual à do sedã Classe C; requinte a bordo é marcante
Cabine do GLC Coupé é praticamente igual à do sedã Classe C; requinte a bordo é marcante Cabine do GLC Coupé é praticamente igual à do sedã Classe C; requinte a bordo é marcante

Ao volante, o GLC Coupé é viril e confortável. Parece um aracnídeo em movimento, com carroceria alta, teto baixo e pneus largos (255/45 na dianteira e 285/45 na traseira, ambos montados em rodas de 20 polegadas). O isolamento acústico só não é perfeito porque o ruído de contato dos pneus com o asfalto é presente. Não chega a incomodar, mas é notado a todo instante. A contrapartida é o rodar seguro, firme e grudado no chão. Mesmo em alta velocidade, o SUV-cupê entrega elevada precisão nos movimentos.

Em relação ao desempenho, o utilitário esportivo da Mercedes entrega o que se espera. O programa de condução Dynamic Select faz mágica e altera o comportamento e as respostas de forma surpreendente. No modo Sport+, o conjunto mecânico fica sensivelmente mais ágil e até nervoso, produzindo acelerações fortes e fazendo o motor trabalhar com giro alto. Já no modo voltado à economia, atrasa as trocas e mantém os giros sempre baixos, para reduzir o consumo de combustível. Há start/stop para ajudar.

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Espaço interno é um dos pontos fortes do SUV, que tem entre-eixos enorme de 2,87 metros
Espaço interno é um dos pontos fortes do SUV, que tem entre-eixos enorme de 2,87 metros Espaço interno é um dos pontos fortes do SUV, que tem entre-eixos enorme de 2,87 metros

Para um SUV, digamos que o GLC Coupé está na média da categoria. Os rivais BMW X4 e Land Rover Evoque oferecem motores e desempenho similares. O que falta mesmo ao Mercedes é um pacote de equipamentos mais sofisticado. Por R$ 300 mil, o modelo deveria trazer conteúdo maior, principalmente em relação aos eletrônicos. A central multimídia, por exemplo, tem um controle de superfície touch no console entre os bancos e uma série de gráficos do carro. Mas a tela não é touch e falta adotar a interface Android Auto.

Outro item curioso é a chave presencial. A partida do motor é feita por botão, mas o acesso à cabine requer comando pela chave — não há sensor nas maçanetas, para abertura e/ou fechamento automático das portas. Ao mesmo tempo, não dá para reclamar. Há um arsenal de segurança ativa e passiva à disposição, com sete airbags (incluindo um para os joelhos do motorista), ABS, controle de estabilidade, assistente de saída em ladeiras e função Hold (mantém o carro freado nas paradas).

SUV usa enormes rodas raiadas de 20 polegadas, com pneus de perfil baixo da Michelin
SUV usa enormes rodas raiadas de 20 polegadas, com pneus de perfil baixo da Michelin SUV usa enormes rodas raiadas de 20 polegadas, com pneus de perfil baixo da Michelin

Considerações finais

O trunfo do GLC Coupé é claramente o estilo. Ao vivo, o utilitário-cupê é imponente, chama a atenção e transmite muito status. Ao volante, o motorista tem um bom equilíbrio entre desempenho e conforto. O consumo de combustível se mostrou moderado, com média de até 10 km/l na estrada e cerca de 8,4 km/l na cidade. Por dentro há luxos como ajuste elétrico nos bancos dianteiros, farto revestimento em couro e muitos detalhes de acabamento. O espaço interno é outro ponto forte, com o porta-malas enorme.

A Mercedes-Benz não fala em expectativa de vendas e números, mas assume que o modelo será mais procurado por homens, por causa do design. Na comparação com o GLC normal, o Coupé só perde em visibilidade. Ao entrar na cabine, o retrovisor mostra a diferença. Mas, mesmo com jeitão de esportivo, o SUV tem cabine ampla e chique. Ou seja, a versão é mais musculosa e imponente, sem ônus para os passageiros. Em resumo, é um carro de nicho. O que para alguns é estilo, para outros pode ser exagero.

FICHA TÉCNICA

Mercedes-Benz GLC 250 Coupé 4Matic

Motor: 2.0 16V, comando variável, injeção direta, turbo, gasolina

Potência: 211 cv a 5.500 rpm

Torque: 35,7 kgfm entre 1.200 e 4.000 rpm

Câmbio: Automático sequêncial, nove marchas

Direção: Assistência elétrica; tração integral (4Matic)

Suspensão: Independente nos dois eixos, com braços múltiplos

Freios: Discos ventilados nas quatro rodas

Pneus e rodas: 255/45 R20 (dianteiros) e 285/40 R20 (traseiros)

Dimensões: 4,73 m (c), 1,89 m (l), 1,60 m (a) e 2,87 m (entre-eixos)

Peso: 1.735 kg (ordem de marcha)

Porta-malas: 645 litros e 1.785 litros (banco rebatido)

Tanque de combustível: 66 litros

Aceleração 0-100 km/h: 7,3 segundos

Velocidade máxima: 222 km/h

Principais equipamentos: ar-condicionado automático de duas zonas, chave presencial com partida do motor por botão, ajustes elétricos nos bancos dianteiros com memória, revestimento em couro por toda a cabine com detalhes cromados e em black piano, faróis e lanternas full LED, star/stop, central multimídia com câmera de ré, GPS, rádio/CD, comandos no volante e porta USB, sensores de luz, de chuva e de obstáculos, controle de cruzeiro e limitador de velocidade, alarme, freios com ABS, distribuidor eletrônico e assistente de emergência, controle de estabilidade, assistente de saída em rampas, freio de mão eletrônico e função Hold, programa de condução Dynamic Select, pacote de estilo AMG, assistente de estacionamento (Parktronic) e sete airbags.

Preço sugerido: R$ 299.900

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