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Barateado, novo Fiat Palio Fire assume simplicidade com honestidade

Hatch substitui antigo Uno Mille sem abusar de truques para ser mais barato

Carros|Rodrigo Ribeiro, do R7

Idêntico ao modelo lançado em 2004, novo Fiat Palio Fire se destaca pela grade do radiador redesenhada
Idêntico ao modelo lançado em 2004, novo Fiat Palio Fire se destaca pela grade do radiador redesenhada Idêntico ao modelo lançado em 2004, novo Fiat Palio Fire se destaca pela grade do radiador redesenhada
Rodas, limpador e até desembaçador traseiro são opcionais
Rodas, limpador e até desembaçador traseiro são opcionais Rodas, limpador e até desembaçador traseiro são opcionais
Painel ganhou novas saídas de ar e volante do Idea
Painel ganhou novas saídas de ar e volante do Idea Painel ganhou novas saídas de ar e volante do Idea
Atrás faltam cinto de três pontos e encosto para todos
Atrás faltam cinto de três pontos e encosto para todos Atrás faltam cinto de três pontos e encosto para todos

O "reposicionamento" de um carro no mercado quase sempre é um eufemismo para modelos que ficaram mais em conta — às custas de um doloroso processo de barateamento. O último a passar por isso é o Fiat Palio Fire, que foi rebaixado ao posto de carro mais barato da marca no Brasil, ocupado até 2013 pelo Fiat Uno Mille. A novidade, porém, é que as mudanças não tornaram o hatch de R$ 24.190 simplório. Muito pelo contrário.

Visualmente o Palio Fire 2014 é idêntico ao modelo homônimo anterior. Por fora mudaram grade do radiador, desenho de calotas e faróis, que perderam os elementos escurecidos. A atualização interior foi maior, e incluiu novas saídas de ar, console central inferior reformulado e novo painel de instrumentos, herdado do novo Uno. O motor é o mesmo 1.0 8V de até 75 cv, com câmbio manual de cinco marchas.

Vida simples

As reformulações impactaram pouco no preço do Palio Fire, que não só é o carro mais barato do Brasil, como também será o único nesta faixa de preço. Seus rivais mais próximos são o Chevrolet Celta, Nissan March e Renault Clio, que ainda não ganharam ABS e airbag de série em todas as versões — o que certamente encarecerá o preço dos compactos.

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Já dotado dos itens de segurança obrigatórios, o novo Palio Fire não esconde seu projeto simples: ar quente, (só dois) encostos de cabeça traseiros e até desembaçador traseiro são opcionais. Vidros traseiros basculantes (para a versão duas portas) e conta-giros, então, nem pagando mais caro: o instrumento foi substituído por um econômetro, que faz uma indicação lúdica de quanto de combustível o carro está gastando.

Apesar da simplicidade, a Fiat não abusou do processo de barateamento: os bancos dianteiros, por exemplo, mantiveram o sistema de ajuste de distância tradicional, com trilhos, ao invés do antiquado sistema de braços articulados do antigo Palio Fire e do Mille, que alterava a altura do assento junto. Os assentos também contam com um sistema na versão de duas portas que faz com que o encosto vá totalmente para a frente junto com o banco, facilitando o acesso à parte traseira. Isso feito, porém, é preciso reajustar os bancos dianteiros, que não contam com "efeito memória".

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Honesto

A vida a bordo do Palio Fire está longe de ser perfeita: problema crônico da primeira geração do modelo, as saídas de ar são muito baixas, o volante herdado do Idea tem pegada ruim e o motor padece de força em baixa rotação. No dia a dia, porém, o hatch conquista aos poucos. O consumo de combustível (8,8 km/l de etanol e 12,3 km/l de gasolina na cidade, segundo o Inmetro) é baixo e o ruído interno, moderado para um modelo da categoria.

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O visual não decepciona: apesar de ser o mesmo há dez anos, ele conta com o melhor visual dos quatro aplicados à primeira geração do Palio. Não à toa, ele superou até seu sucessor, o último feito sobre a plataforma atual. A base mecânica, aliás, se aproveita da longa experiência pelas ruas esburacadas, oferecendo suspensão alta e confortável para o dia-a-dia na superfície lunar que chamamos de asfalto. A contrapartida é uma carroceria que inclina muito em qualquer curva, combinando com os pneus "verdes", que mesmo na medida 175/65 não transparecem muita segurança em altas velocidades.

O novo Fiat Palio Fire não empolga em nenhum quesito, mas também não decepciona. Equilibrado, ele mantém as virtudes que o fizeram um dos carros mais vendidos do Brasil, e, sem sentir o peso da idade, chega a 2014 com potencial para manter (e aumentar) o legado deixado pelo Mille Fire.

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