Os carros que não necessitam de motorista para funcionar estão ficando cada vez mais famosos. Com suas promessas de segurança e de comodidade, os veículos autônomos são considerados uma tecnologia do futuro que revolucionará o universo automobilístico. No entanto, a notícia do primeiro acidente fatal da história envolvendo um carro sem motorista pode prejudicar a visão dos consumidores.
Nesta quinta-feira, dia 30, a Tesla Motors divulgou nota onde lamenta a morte de Joshua Brown, um norte-americano de 40 anos que faleceu no último dia 7 de maio em um acidente de carro em Willinston, na Flórida. Brown estava a bordo de seu Model S usando o modo piloto-automático, sistema em que o carro dirige sozinho. Porém, o controle não percebeu que um caminhão branco de 18 rodas estava atravessando as pistas.
De acordo com a montadora, o sistema deve ter confundido a grande luminosidade da manhã ensolarada com a cor do veículo e acabou fazendo com que o carro se chocasse com o caminhão com grande força e velocidade. Mesmo lamentando muito pelo ocorrido e desejando condolências para os amigos e familiares de Brown, a companhia se eximiu de qualquer culpa.
A Tesla afirmou em nota que o piloto-automático ainda é uma tecnologia nova e em fase de testes. Com ele, vem um recado explicativo onde está escrito que ele "é um acessório de assistência que requer que o motorista fique com as mãos no volante o tempo todo" e que cada um deve "tomar cuidado e ter responsabilidade pelo seu veículo" quando estiver usando o sistema.
A companhia também afirmou que o acidente fatal é apenas um em mais de 209,2 milhões de quilômetros em que o piloto-automático foi ativado ao redor do planeta. No mundo, a quantidade de mortes com carros normais da marca é de 1 em 96,5 milhões de quilômetros rodados. Ou seja, os carros sem motoristas ainda são tecnicamente mais seguros que os tradicionais.