Ter um SUV não é exatamente a coisa mais prática do mundo, ainda mais para aqueles que os usam majoritariamente para o trânsito urbano. Geralmente são carros difíceis de manobrar, com elevado consumo de combustível e estabilidade prejudicada pela carroceria maior e mais pesada. Contudo, há algumas exceções com modelos que superam quase todos esses problemas, como o Volkswagen Tiguan avaliado por R7 Carros. Mas tanta virtude tem seu preço...
E no caso do menor SUV da Volkswagen, ele parte de R$ 112.187. O valor, que já é mais alto do que a maior parte da concorrência, cresce para até R$ 141.016 caso seu proprietário opte por todos os equipamentos oferecidos, como abertura e partida do carro sem a chave, teto-solar panorâmico e o park-assist, sistema que estaciona o carro sozinho em vagas paralelas à calçada e perpendiculares, como as de shopping centers.
Quem levar o Tiguan “básico”, porém, não ficará na mão. Apesar de não ter tantos mimos bacanas para serem usados (ou apenas exibidos), o modelo é bem equipado, vindo com seis airbags, controle de tração e estabilidade, ABS, direção elétrica e ar-condicionado digital de duas zonas. O pacote é empurrado por um motor 2.0 turbo de 200 cv ligado a um câmbio automático de seis marchas com tração nas quatro rodas.
Quase um carro de passeio
O trem de força e a suspensão independente nas quatro rodas deixam o Tiguan com uma pegada esportiva sem abrir mão da estabilidade. A segurança nas curvas, claro, tem um preço, que é cobrado quando se passa por buracos e valetas. Não que o Tiguan seja duro, mas ele pode incomodar mais àqueles acostumados à moleza de Chevrolet Captiva e Cia... O desconforto é momentâneo e pode ser rapidamente esquecido na hora de abastecer, já que o consumo urbano do Tiguan (9,1 km/l) supera até alguns hatches brasileiros.
O acabamento é acima da média, ainda que haja mais plásticos no painel do que em um Passat de preço similar. Os bancos de couro opcionais, que também podem ter ajuste elétrico e aquecimento, apoiam bem motorista e passageiro, mas agradam ainda mais para quem vai atrás. Assim como o Honda City os encostos da segunda fileira podem ser reclinados, permitindo viagens mais confortáveis sem tirar muito dos 505 litros que o porta-malas é capaz de levar.
Exibido
Mais mimos podem ser adicionados opcionalmente, elevando o valor do carro em quase R$ 30 mil. A soma soa elevada para muita gente, mas alguns mimos que os acessórios trazem podem agradar a muita gente, em especial o público feminino. E não pense que isso envolve alguma piada em relação à capacidade das mulheres de fazer baliza.
Se o sistema de estacionamento automático do Tiguan não pode ser usado em todas as situações (ele requer uma vaga 25 cm maior que o comprimento do carro, que é de 4,43 m) a chave eletrônica é útil em todos os momentos. Basta deixar ela no bolso ou na bolsa, se aproximar do carro que ele se destranca automaticamente assim que se toca a maçaneta. O motor é acionado por um botão, e o mesmo procedimento vale para desligar o carro e trancá-lo. Fora que o GPS embutido no painel evita roubos.
Escolha cara
Na ponta do lápis o Tiguan é uma compra racional, com um bom conjunto mecânico, espaço e recursos tecnológicos quase exclusivos do segmento. Porém às vezes o status de se ter um SUV com motor V6 ou um modelo similar sul-coreano fala mais alto, e o preço do Tiguan pesa contra ele. Ao final, ele é um carro interessante, mas só para quem valoriza as virtudes que ele traz.