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Teste: chinês Lifan 530 tem bom desempenho e muitos equipamentos, mas escorrega em detalhes cruciais

Sedã parte de R$ 41.990 com motor 1.5 a gasolina e câmbio manual; espaço interno é trunfo

Carros|Do R7

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Em agosto de 2013, R7 Carros foi até a China conhecer o "QG" da Lifan. Na época, o 530 já estava pronto. Tivemos um breve primeiro contato com o sedã oriental, que foi prometido para o início de 2014. A estratégia era fisgar uma fatia do segmento de compactos de R$ 40 mil, oásis do mercado brasileiro. Mas algo atrasou os planos, e o compacto só chegou em outubro do ano passado, a partir de R$ 38.990. Agora, com um ano de mercado, o 530 encareu. A desvalorização da moeda brasileira e a volta do IPI elevaram seu preço a R$ 41.990. Confira a seguir se o sedã merece o investimento
Bem equipado e com design atraente, o sedã 530 impressiona quem o vê de fora. Seu porte é avantajado, especialmente na traseira, com boa altura em relação ao solo. O design é bem resolvido e tem certa originalidade
Na dianteira, os faróis lembram os do Chevrolet Cobalt, um de seus adversários, que será reestilizado em breve. Na versão topo de linha 1.5 Talent, LEDs diurnos substituem os faróis de neblina e dão aspecto moderno ao sedã
Já a traseira é mais modesta em termos de design, com lanternas mais verticais e em posição elevada. Na versão de entrada, o para-choques traz sensores de obstáculos, que são substituídos pela câmera de ré na top
O sedã segue a cartilha chinesa e traz bom conteúdo deste a versão básica. Esta tem conjuntos de liga-leve de aro 15 e freios a disco nas quatro rodas, além do sistema antitravamento ABS com distribuidor eletrônico EBD
O visual moderno pode até impressionar, com LEDs diurnos, porte robusto e linhas harmônicas. Mas para um modelo que exigiu bom tempo de "preparação", o Lifan 530 começa a desapontar quando se acessa a cabine. Apesar do ótimo conteúdo, o interior não inova em design nem encanta nos materiais e na monta
Apesar de modesto, o quadro de instrumentos é bem resolvido, com velocímetro, conta-giros e um visor para os dados do computador de bordo — tais como como consumo médio, instantâneo, autonomia e hodômetro
Já a alavanca de câmbio é alta e oferece engates secos, que por vezes enroscam e emitem ruídos metálicos. Outro aspecto negativo é o curso demasiadamente longo da alavanca, além do material de acabamento
Por sinal, os materiais empregados na cabine não transmitem qualidade — o interior é inteiro coberto por peças de plástico rígido com texturas simplórias. Para um carro dito moderno, também destoa do conjunto o relógio digital que fica na alto da porção central do painel. O pequeno visor parece ter sido resgatado dos anos 1990
Outro item que pode decepcionar é o cluster do ar-condicionado. Embora ostente visual moderno, o botão principal é de plástico liso, com pintura prata, e transmite certa fragilidade no manuseio
Já a central multimídia merece duras críticas. Em tempos onde os carros da faixa de R$ 40 mil estão avançando cada vez mais em conectividade e qualidade, o equipamento peca por oferecer um software lento e ultrapassado. A tela demora um tempo até ligar e responder aos comandos. A qualidade do sinal do rádio é muito ruim e, embora ofereça GPS, a navegação por vezes trava e induz o motorista ao erro, assim como o leitor USB. Talvez seja melhor pagar pela versão de entrada, com o rádio mais simples, ou instalar uma central multimídia de outra fabricante
Apesar de a Lifan oferecer cinco anos de garantia para seus carros, vale dizer que o usuário do 530 pode se deparar com problemas nos encaixes de algumas peças, que simplesmente se soltam, caso das soleiras nas portas. Na imagem, é possível ver os chicotes elétricos expostos e os encaixes das presílhas da soleira
No geral, a qualidade do acabamento da cabine é ruim, com rebarbas aparentes por todos os cantos. Este console da lateral do painel, ao lado do pedal do acelerador, é até útil, porém estreito e têm rebarbas que podem machucar
Para não dizer que o Lifan 530 erra em tudo, no espaço interno o sedã agrada bastante, principalmente no banco traseiro, cujo assoalho plano permite receber cinco adultos com conforto. O revestimento em couro dos bancos — que é vendido junto com a câmera de ré, por R$ 1.500 — ajuda a melhorar a impressão sobre o carro
Outro ponto alto do sedã é o porta-malas generoso, com capacidade para até 475 litros
Já a lista de equipamentos traz itens ainda ausentes nas versões de entrada dos carros de R$ 40 mil, entre eles os retrovisores laterais elétricos e o ajuste da altura dos faróis
A chave do tipo canivete, apesar de um tanto grande, também compõe a lista de fábrica, que traz ainda direção hidráulica, ar-condicionado, trio elétrico, faróis de neblina e isofix para ficação de cadeirinhas infantis
Ao volante, o Lifan 530 tem um de seus maiores trunfos, o motor 1.5 litro. Enquanto a maioria dos rivais é 1.0 nas versões de entrada, o sedã chinês oferece melhor performance, com 13,6 kgfm de torque e boas respostas em saídas e retomadas. O problema do modelo é a suspensão macia, ao estilo apreciado pelos chineses. Apesar de ajudar o conforto, o conjunto penaliza as manobras em velocidade, fazendo a carroceria inclinar de forma excessiva
O ponto fraco do motor é o fato de ser movido apenas a gasolina, quando o flex se tornou obrigatório no Brasil. Ficha técnica Motor: 1.5 litro, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, comando duplo, gasolina Potência: 103 cv a 6.000 rpm Torque: 13,6 kgfm de 3.5000 a 4.500 rpm Câmbio: Manual, cinco velocidades; tração dianteira Suspensão: Independente McPherson na dianteira, eixo de torção atrás Freios: Discos sólidos na frente e atrás Pneus e rodas: 185/60 R15 Dimensões: 4,3 metros de comprimento, 1,69 m de largura, 1,49 m de altura e 2,55 m de entre-eixo Tanque de combustível: 42 litros Capacidade do porta-malas: 475 litros Peso: 1.140 kg Principais equipamentos: direção hidráulica, ar-condicionado, espelhos, vidros e travas elétricos, freios com ABS/EBD, air bags frontais, chave tipo canivete, isofix para fixação de cadeirinhas infantis, sensor de obstáculos traseiro, faróis de neblina, rodas de liga leve, retrovisores com repetidores de luz, computador de bordo, rádio/CD/MP3 com entrada US Opcionais: centra multimídia com tela touchscreen de 7 polegadas, Bluetooth, GPS, leitor de DVD e câmera de ré integrada, LEDs diurnos na dianteira e bancos cobertos em couro Preço: a partir de R$ 41.990
Considerações finais: durante nossos testes, o Lifan 530 se mostrou interessante na relação custo/benefício, porém pouco confiável para um investimento de R$ 41.990. Mesmo oferecendo muito conteúdo de série, bom espaço interno e desempenho animado do motor 1.5, o sedã chinês peca pelo acabamento de má qualidade e por oferecer uma central multimídia péssima. Nas vendas, o modelo vem cumprindo seu objetivo, atrás do JAC J3 Turin e à frente do Chery Celer, que foi nacionalizado. Contudo, o mercado não perdoa e, a longo prazo, tais erros podem pesar Acesse aqui a página de R7 Carros

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Em agosto de 2013, R7 Carros foi até a China conhecer o "QG" da Lifan. Na época, o 530 já estava pronto. Tivemos um breve primeiro contato com o sedã oriental, que foi prometido para o início de 2014. A estratégia era fisgar uma fatia do segmento de compactos de R$ 40 mil, oásis do mercado brasileiro. Mas algo atrasou os planos, e o compacto só chegou em outubro do ano passado, a partir de R$ 38.990. Agora, com um ano de mercado, o 530 encareu. A desvalorização da moeda brasileira e a volta do IPI elevaram seu preço a R$ 41.990. Confira a seguir se o sedã merece o investimento
Bem equipado e com design atraente, o sedã 530 impressiona quem o vê de fora. Seu porte é avantajado, especialmente na traseira, com boa altura em relação ao solo. O design é bem resolvido e tem certa originalidade
Na dianteira, os faróis lembram os do Chevrolet Cobalt, um de seus adversários, que será reestilizado em breve. Na versão topo de linha 1.5 Talent, LEDs diurnos substituem os faróis de neblina e dão aspecto moderno ao sedã
Já a traseira é mais modesta em termos de design, com lanternas mais verticais e em posição elevada. Na versão de entrada, o para-choques traz sensores de obstáculos, que são substituídos pela câmera de ré na top
O sedã segue a cartilha chinesa e traz bom conteúdo deste a versão básica. Esta tem conjuntos de liga-leve de aro 15 e freios a disco nas quatro rodas, além do sistema antitravamento ABS com distribuidor eletrônico EBD
O visual moderno pode até impressionar, com LEDs diurnos, porte robusto e linhas harmônicas. Mas para um modelo que exigiu bom tempo de "preparação", o Lifan 530 começa a desapontar quando se acessa a cabine. Apesar do ótimo conteúdo, o interior não inova em design nem encanta nos materiais e na monta
Apesar de modesto, o quadro de instrumentos é bem resolvido, com velocímetro, conta-giros e um visor para os dados do computador de bordo — tais como como consumo médio, instantâneo, autonomia e hodômetro
Já a alavanca de câmbio é alta e oferece engates secos, que por vezes enroscam e emitem ruídos metálicos. Outro aspecto negativo é o curso demasiadamente longo da alavanca, além do material de acabamento
Por sinal, os materiais empregados na cabine não transmitem qualidade — o interior é inteiro coberto por peças de plástico rígido com texturas simplórias. Para um carro dito moderno, também destoa do conjunto o relógio digital que fica na alto da porção central do painel. O pequeno visor parece ter sido resgatado dos anos 1990
Outro item que pode decepcionar é o cluster do ar-condicionado. Embora ostente visual moderno, o botão principal é de plástico liso, com pintura prata, e transmite certa fragilidade no manuseio
Já a central multimídia merece duras críticas. Em tempos onde os carros da faixa de R$ 40 mil estão avançando cada vez mais em conectividade e qualidade, o equipamento peca por oferecer um software lento e ultrapassado. A tela demora um tempo até ligar e responder aos comandos. A qualidade do sinal do rádio é muito ruim e, embora ofereça GPS, a navegação por vezes trava e induz o motorista ao erro, assim como o leitor USB. Talvez seja melhor pagar pela versão de entrada, com o rádio mais simples, ou instalar uma central multimídia de outra fabricante
Apesar de a Lifan oferecer cinco anos de garantia para seus carros, vale dizer que o usuário do 530 pode se deparar com problemas nos encaixes de algumas peças, que simplesmente se soltam, caso das soleiras nas portas. Na imagem, é possível ver os chicotes elétricos expostos e os encaixes das presílhas da soleira
No geral, a qualidade do acabamento da cabine é ruim, com rebarbas aparentes por todos os cantos. Este console da lateral do painel, ao lado do pedal do acelerador, é até útil, porém estreito e têm rebarbas que podem machucar
Para não dizer que o Lifan 530 erra em tudo, no espaço interno o sedã agrada bastante, principalmente no banco traseiro, cujo assoalho plano permite receber cinco adultos com conforto. O revestimento em couro dos bancos — que é vendido junto com a câmera de ré, por R$ 1.500 — ajuda a melhorar a impressão sobre o carro
Outro ponto alto do sedã é o porta-malas generoso, com capacidade para até 475 litros
Já a lista de equipamentos traz itens ainda ausentes nas versões de entrada dos carros de R$ 40 mil, entre eles os retrovisores laterais elétricos e o ajuste da altura dos faróis
A chave do tipo canivete, apesar de um tanto grande, também compõe a lista de fábrica, que traz ainda direção hidráulica, ar-condicionado, trio elétrico, faróis de neblina e isofix para ficação de cadeirinhas infantis
Ao volante, o Lifan 530 tem um de seus maiores trunfos, o motor 1.5 litro. Enquanto a maioria dos rivais é 1.0 nas versões de entrada, o sedã chinês oferece melhor performance, com 13,6 kgfm de torque e boas respostas em saídas e retomadas. O problema do modelo é a suspensão macia, ao estilo apreciado pelos chineses. Apesar de ajudar o conforto, o conjunto penaliza as manobras em velocidade, fazendo a carroceria inclinar de forma excessiva
O ponto fraco do motor é o fato de ser movido apenas a gasolina, quando o flex se tornou obrigatório no Brasil. Ficha técnica Motor: 1.5 litro, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, comando duplo, gasolina Potência: 103 cv a 6.000 rpm Torque: 13,6 kgfm de 3.5000 a 4.500 rpm Câmbio: Manual, cinco velocidades; tração dianteira Suspensão: Independente McPherson na dianteira, eixo de torção atrás Freios: Discos sólidos na frente e atrás Pneus e rodas: 185/60 R15 Dimensões: 4,3 metros de comprimento, 1,69 m de largura, 1,49 m de altura e 2,55 m de entre-eixo Tanque de combustível: 42 litros Capacidade do porta-malas: 475 litros Peso: 1.140 kg Principais equipamentos: direção hidráulica, ar-condicionado, espelhos, vidros e travas elétricos, freios com ABS/EBD, air bags frontais, chave tipo canivete, isofix para fixação de cadeirinhas infantis, sensor de obstáculos traseiro, faróis de neblina, rodas de liga leve, retrovisores com repetidores de luz, computador de bordo, rádio/CD/MP3 com entrada US Opcionais: centra multimídia com tela touchscreen de 7 polegadas, Bluetooth, GPS, leitor de DVD e câmera de ré integrada, LEDs diurnos na dianteira e bancos cobertos em couro Preço: a partir de R$ 41.990
Considerações finais: durante nossos testes, o Lifan 530 se mostrou interessante na relação custo/benefício, porém pouco confiável para um investimento de R$ 41.990. Mesmo oferecendo muito conteúdo de série, bom espaço interno e desempenho animado do motor 1.5, o sedã chinês peca pelo acabamento de má qualidade e por oferecer uma central multimídia péssima. Nas vendas, o modelo vem cumprindo seu objetivo, atrás do JAC J3 Turin e à frente do Chery Celer, que foi nacionalizado. Contudo, o mercado não perdoa e, a longo prazo, tais erros podem pesar Acesse aqui a página de R7 Carros

Em agosto de 2013, R7 Carros foi até a China conhecer o "QG" da Lifan. Na época, o 530 já estava pronto. Tivemos um breve primeiro contato com o sedã oriental, que foi prometido para o início de 2014. A estratégia era fisgar uma fatia do segmento de compactos de R$ 40 mil, oásis do mercado brasileiro. Mas algo atrasou os planos, e o compacto só chegou em outubro do ano passado, a partir de R$ 38.990. Agora, com um ano de mercado, o 530 encareu. A desvalorização da moeda brasileira e a volta do IPI elevaram seu preço a R$ 41.990. Confira a seguir se o sedã merece o investimento

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