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A história é digna de roteiro de filme. Em 1993, o francês Emile Leray já havia explorado a região ao norte do deserto do Saara, e estava em mais uma de suas aventuras quando algo inesperado aconteceu
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Leray estava no meio do deserto marroquino, próximo à cidade de Tan-Tan, quando surgiu uma grande pedra no caminho
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A colisão destruiu seu Citroën 2CV e foi, então, que Emile teve sua ideia mais genial: construir uma moto
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Mecânico de rara habilidade, Leray usou partes da carroceria do modelo francês para montar o chassi, e teve de fazer algumas adaptações também. Diversos componentes do Citroën 2CV foram aproveitados
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A aparência da moto ficou das mais esquisitas, mas Leray só queria escapar do deserto. Com poucos mantimentos, ele sabia que não resistiria por muitos dias num ambiente de clima tão hostil
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Leray aproveitou até mesmo a placa do Citroën 2CV em sua motocicleta
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Com o veículo, o mecânico francês conseguiu escapar do deserto e, após alguns quilômetros, encontrou um posto militar — o Marrocos, na época, enfrentava um conflito com os países do norte do deserto do Saara
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Ao se depararem com a moto bizarra de Leray, os militares o interrogaram em busca de explicações
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O homem, então, contou toda a história e os militares ficaram rapidamente convencidos. Assim, Leray foi enviado de volta à civilização, onde conseguiu assistência médica e retornou para sua casa — com sua moto, claro
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Emile Leray guarda consigo sua moto salvadora até hoje
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Em entrevista ao tabloide britânico Daily Mail, Leray foi chamado de "O verdadeiro Tony Stark", personagem do blockbuster hollywoodiano O Homem de Ferro
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Assim como Emile Leray, os chineses Wang Yu e Li Lintao também foram além em um projeto próprio: eles construíram seus próprios Lamborghinis. A realização deste sonho começou em 2010, quando os dois jovens de 30 anos retornaram à capital Pequim após estudarem engenharia mecânica na Alemanha e na Inglaterra. A meta era para lá de ousada: fazer uma réplica do lendário Diablo, superesportivo produzido pela fábrica italiana entre 1990 e 2002.
Confira a seguir como foi essa aventura bem-sucedida que custou o equivalente a R$ 2 milhões
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O projeto ambicioso de Wang e Li começou em uma garagem e teve seu primeiro grande momento durante o Salão do Automóvel de Pequim de 2012. A dupla exibiu no motor show sua primeira réplica do Lamborghini Diablo, apelidada carinhosamente de The Dream (O Sonho). Bastante fiel ao original, o modelo feito pelas mãos dos dois chineses chamou a atenção e foi negociada durante a feira de carros — mas o valor não foi divulgado
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Wang e Li gastaram cerca de R$ 400 mil para finalizar seu primeiro Lambo Diablo. As peças foram compradas no site de leilões TaoBao Marketplace — um equivalente chinês do eBay. Evidentemente, a mecânica da réplica foi adaptada com um potente motor V8 da Toyota, capaz de entregar desempenho digno de um supercarro da marca do touro
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Segundo dados técnicos fornecidos pelos criadores, a réplica do Lamborghini Diablo é capaz de arrancar até os 100 km/h em aproximadamente 4,8 segundos, atingindo velocidade máxima expressiva de 310 km/h
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O projeto do Diablo "The Dream" se mostrou tão promissor que Wang e Li decidiram montar outras duas réplicas
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A dupla, então, alugou um pequeno galpão em Pequim para dar continuidade ao sonho. Desta vez, porém, os dois modelos receberam pintura preta e adesivos com a sigla SV, que batizou a versão produzida pela fábrica de Sant'Agata Bolognese entre 1995 e 1998. O original dispunha de poderosos 517 cv e partes feitas com fibra de carbono
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A réplica de Wang e Li não recebeu o parrudo motor 5.7 V12 a gasolina, mas manteve o desempenho da primeira unidade, exibida no motor show de Pequim, com máxima superior a 300 km/h
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Mas salvo as diferenças mecânicas (que não são desprezíveis), as duas réplicas ganharam teto removível e ostentam design muito próximo do verdadeiro Lamborghini Diablo, inclusive na cabine
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Não se sabe ao certo quanto Wang Yu e Li Lintao investiram para construir as duas réplicas posteriores
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Sabe-se apenas que as três unidades do Diablo construídas pelos jovens chineses custaram cerca de US$ 812 mil, o equivalente a mais de R$ 2 milhões (na conversão do dia)
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Evidentemente, trata-se de um montante de dinheiro enorme para modelos produzidos de forma caseira
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Mas se pensar que cada réplica do Lamborghini Diablo custou cerca de R$ 685 mil (US$ 270 mil)
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Ao todo, a dupla chinesa levou cerca de seis anos para finalizar os supercarros
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A construção foi feita de forma artesanal em uma garagem/galpão alugada, em Pequim
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Wang e Li construíram os modelos literalmente do zero, a partir de peças tubulares de aço
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Não há dados técnicos das unidades chinesas do Diablo, mas as imagens mostram que o supercarro é rústico
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A linha de montagem dos dois amigos também não dispunha de robôs e alta tecnologia — muito pelo contrário
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Apesar disso, Wang e Li se esforçaram para deixar os Diablos muito próximos do Lamborghini original
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E os modelos, de fato, impressionam pela adaptação feita pela dupla
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Embora use mecânica Toyota, o Diablo chinês teve várias partes adaptadas para oferecer alto desempenho
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Wang e Li usaram os conhecimentos adquiridos nos cursos feitos na Alemanha e na Inglaterra para desenhar os componentes mecânicos, em especial, os conjuntos de suspensão, que teriam de suportar um desempenho agressivo
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Cada peça das réplicas recebeu cuidados especiais
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Não se sabe quanto tempo a dupla levou para construir cada unidade
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A única informação confirmada por Wang e Li é que, ao todo, os dois trabalharam seis anos nos projetos
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Com os três Lamborghinis Diablos, os jovens chineses chamaram a atenção de muitos fanáticos
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Até o momento, Wang e Li não informaram se pretendem vender as duas réplicas do Diablo
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Tal como o original, os modelos possuem até as tradicionais portas que se abrem para cima
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Por dentro, a cabine também recebeu acabamento requintado, para se aproximar do Diablo italiano
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