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Longe dos holofotes, Hyundai i30 aposta em 'recheio' para compensar preço alto

Antigo líder do segmento, hatch médio custa R$ 91.900 na versão topo de linha

Carros|Luiz Fernando Betti, do R7

Linhas do i30 seguem identidade visual da montadora sul-coreana
Linhas do i30 seguem identidade visual da montadora sul-coreana Linhas do i30 seguem identidade visual da montadora sul-coreana

A vida do Hyundai i30 no Brasil é marcada por altos e baixos. Lançadohá cinco anos, ele assumiu a liderança do segmento por dois anos, em 2010 e 2011, quando se tornou uma opção moderna e bem equipada ante os rivais defasados. Até o BMW Série 1 ele ousava peitar. 

Porém, os ventos mudaram rapidamente. Uma troca infeliz de motores (2.0 pelo 1.6 flex do HB20, que se mostrou insuficiente no irmão mais velho), as novas regras de importação que salgaram o preço do carro e a atualização dos rivais sacramentaram a queda do modelo.

Prova disso é que, em outubro deste ano, o sul-coreano ficou atrás de todos os seus concorrentes diretos — Golf, Focus, 308 e Cruze Hatch — e vendeu apenas 365 unidades, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

O R7 Carros avaliou por uma semana o modelo e pesou seus prós e contras. Será que ele merece a atual posição no mercado? Por fora, seu visual rebuscado e cheio de vincos permanece atual, mas carece de personalidade — até de “HBvintão” ele já foi chamado.

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No interior, o acabamento tem boa qualidade, com peças bem encaixadas e revestimentos variados. Destaque para a central multimídia com tela “touch” de sete polegadas, que traz DVD, GPS e uma nítida câmera de ré.

Na hora de acelerar, o modelo se mostrou obediente e confortável no dia a dia. A suspensão é voltada ao conforto e a direção elétrica tem três níveis de ajustes. O propulsor 1.8 de 150 cavalos, por sua vez, responde bem ao acelerador, mas as trocas automáticas poderiam ser mais rápidas — uma opção é usar a opção manual na alavanca.

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O espaço interno, por sua vez, é satisfatório para quatro pessoas e razoável para cinco — o ponto fraco é o porta-malas, de apenas 378 litros. O ponto alto, entretanto, é a lista recheada de itens na versão topo de linha. 

Central multimídia "touch" de 7 polegadas é destaque na cabine
Central multimídia "touch" de 7 polegadas é destaque na cabine Central multimídia "touch" de 7 polegadas é destaque na cabine

Partida por botão; chave presencial; freio de estacionamento eletrônico; sete air bags; controles de estabilidade e tração; teto solar panorâmico; banco do motorista com ajustes elétricos, bancos de couro sintético e faróis de xenônio... A lista de itens é grande.

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Mas tudo tem seu preço, e no caso do i30 o pacote completo sai por salgados R$ 91.900 — a versão de entrada sai por R$ 75.600. Em relação à concorrência, ele cobra mais que as versões topo de linha do Focus (R$ 79.200), 308 (R$ 76.990) e Cruze (R$ 86.000). Só perde para o Golf, que nivelado em itens custa R$ 103.427.

Na ponta do lápis, o i30 tem suas qualidades, mas cobra caro por isso — o que não é privilégio dele, diga-se. A trajetória de altos e baixos pode ser um ponto negativo, mas também ser usada para repetir erros futuros. Praticar um preço mais competitivo e recuperar a imagem de produto sólido, eis os desafios do modelo para voltar a ser representativo.

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