Você está aqui: Página Inicial/Notícias/Carros/Notícias

NOTÍCIAS  

Publicado em 14/05/2011 às 14h07

Mudar jeito de dirigir ajuda a
economizar até R$ 1.700 por ano

Manter condução "suave" e antecipar situações são segredo do consumo baixo

Combustível Bomba GMatt Dunham/AP

O conhecido anda e para das cidades é o maior inimigo da economia de combustível


Confira Também
Lucas Bessel, do R7

O modo como você dirige seu carro pode representar uma diferença de consumo de 25% a 30% de combustível. Em um veículo a gasolina com tanque de 50 litros, essa variação é equivalente a R$ 145 por mês, ou um tanque inteiro - considerando um abastecimento por semana, com o litro do combustível a R$ 2,91.

É uma boa grana, certo? Agora multiplique esse valor por 12 e veja que, em um ano, você pode economizar até R$ 1.740 ao seguir dicas simples na hora de dirigir seu carro.

 

Veja carros da coleção do estilista Ralph Lauren

O grande inimigo da economia de combustível é a aceleração desnecessária. Como regra geral, quanto mais alta a rotação do motor, maior o consumo de combustível. Por isso, prestar atenção ao seu estilo de condução e tentar corrigir alguns vícios ao volante é essencial para salvar uma graninha.

De acordo com o engenheiro Renato Romio, chefe da divisão de motores e veículos do Instituto Mauá de Tecnologia, é importante se antecipar às situações do trânsito, especialmente nos trajetos urbanos.

- O consumo na cidade é maior porque a variação de velocidade é maior. Levar o veículo do estado estático ao estado em movimento é o que gasta mais combustível. É por isso que na estrada, com velocidade constante, o consumo é muito menor.

Romio também diz que é muito importante manter os pneus corretamente calibrados - de acordo com a orientação do fabricante - e a manutenção do carro em dia. 

- Filtros e velas precisam estar em bom estado sempre. Fazer a manutenção programada pelo fabricante é suficiente para garantir isso.

 

Veja dicas para economizar combustível

 

• Evite arrancar bruscamente. Prefira a aceleração progressiva. Isso é especialmente verdade no trânsito congestionado, com muito anda e para. Se puder escolher entre marcha mais baixa e mais alta, fique sempre com a mais alta.

 

• Faça mudanças de marchas dentro da chamada "faixa verde" de rotações, entre 2.000 e 3.000 rpm. Se seu carro não tem conta-giros, preste atenção ao barulho do motor, que começa a "chorar" no momento de mudar a marcha. Evite reduções desnecessárias.

 

• Quando vir um sinal vermelho ou encontrar trânsito parado, em vez de frear, pare de acelerar. Deixe o carro rodar engatado até o ponto de freada (sim, você vai ter que frear em algum momento).

 

• Use freio-motor em descidas. O princípio é o mesmo do ponto anterior. Ao descer com o carro engatado, o próprio movimento das rodas mantém o motor funcionando. O gasto de combustível, dessa maneira, é virtualmente zero.

 

• Quando parado em subidas, não "segure" o carro na embreagem. Além de causar desgaste excessivo de peças - especialmente do disco de embreagem -, essa prática aumenta o consumo de combustível.

 

• Não suba o giro do motor para trocar de marcha.

 

• Não acelere o carro antes de desligá-lo. Essa prática, muito comum no tempo do carburador, não traz qualquer benefício para os carros modernos.

 

• Mantenha as janelas fechadas para diminuir o atrito com o ar. Use o ar-condicionado com moderação.

 

• Se seu carro é automático, mude o câmbio para neutro sempre que encontrar uma parada um pouco mais prolongada.

 

• Escolha trajetos em que você sabe que há mais chances de manter a velocidade constante, ainda que o percurso seja um pouco maior, como em vias expressas.

 

Direção suave

No dia a dia, a questão crucial se resume a uma "direção suave", como define o consultor de informática Andre Cinicola, pão-duro assumido quando o assunto é gasto de combustível e desgaste do carro.

- Não ligava para isso quando era novo de carta, pois a preocupação nos primeiros meses era aprender a dirigir bem. Ainda tinha o gosto especial da novidade, então curtia pisar fundo no acelerador de vez em quando. O carro era a álcool, que era muito barato naquela época (1999/2000).

Cinicola diz que tudo mudou quando passou a dirigir distâncias muito maiores para trabalhar - de São Bernardo do Campo a São Paulo - todos os dias.

- O combustível começou a cutucar o bolso. Não só o combustível, mas todo o desgaste do carro.

O consultor de informática afirma que, ao adotar as dicas acima e prestar mais atenção ao modo de dirigir, o consumo passou a ser muito menor.

- Pesquisando na internet, minhas médias de consumo de combustível são sempre menores do que as de outros donos de carros do mesmo modelo. São menores até do que o fabricante anuncia, quando anuncia.

Segundo Cinicola, com seu antigo carro, um Honda Civic 2000 a gasolina, ele fazia uma média de 12 km/l na cidade e 16 km/l na estrada, quando outros donos fazem 10 km/l ou menos na cidade e 14 km/l na estrada.

Cinicola diz que seus carros seguintes seguiram a mesma tendência, ficando abaixo da média de consumo tanto com álcool quanto com gasolina. E o benefício vai além do gasto no posto.

- Fora isso, os pneus dos meus carros sempre duraram muito, mais de 80 mil km, enquanto muitas pessoas trocam pneus aos 30 mil ou 40 mil km. Freios também são um bom exemplo. Com meu Civic automático, rodava quase 50 mil km com as mesmas pastilhas. O disco de freio e os amortecedores originais duraram 120 mil km.

Não custa lembrar que a checagem do estado de conservação dos componentes do carro deve ser feita de preferência em uma oficina especializada, como ocorreu no caso dos veículos de Cinicola.

 

 

Você sabe identificar os estilos dos carros? Faça o quiz.

 

Veja as respostas corretas