Lançada em abril, o HB20S Copa do Mundo tem como destaques o couro nos bancos e a tela com tevê digital
DivulgaçãoCores chamativas, adesivos grandes, apliques, bordados... As séries especiais dos carros costumam exagerar na decoração. Mas não é o caso do HB20 Copa do Mundo. A Hyundai, patrocinadora oficial do torneio da FIFA, foi na contramão e optou por fazer algo mais sutil no compacto. Por fora, a fabricante adicionou escudos do Mundial nas laterais, aplicou acabamento preto brilhoso na grade frontal, máscaras nos faróis e lançou um novo azul metálico.
Na cabine, os bancos receberam forração em couro preto com costura vermelha pespontada, para realçar o requinte a bordo. O único adereço mais chamativo é o escudo oficial da taça da Copa, bordado no encosto do assento traseiro. Tapetes de carpete com a inscrição Copa do Mundo FIFA 2014 fecham o pacote, junto com a central blueMedia TV, que inclui tela tátil de 7 polegadas no painel e, oportunamente, estreou a função tevê digital.
Perdas e ganhos
Resumidamente, não há muitos acessórios no HB20S Copa do Mundo FIFA. A versão especial é quase igual às convencionais. Porém, os adereços deixaram o interior do sedã mais chique, com destaques para o couro preto que cobre os bancos, com costura pespontada vermelha, e para a central multimícia blueMedia TV, que ganhou inteface mais amigável. O ponto negativo são as ausências de ajuste elétrico nos retrovisores laterais e de altura do volante.
A bordo, o sistema blueMedia TV é bem simples e intuitivo. Na tela principal, há ícones com os nomes das funções, tornando extremamente simples operar. Mas o módulo tevê digital funciona apenas com o veículo parado, conforme manda a legislação brasileira. Isso pode aborrecer alguns, porém trabalha a favor da segurança. Embora fique no alto do painel, acompanhar as informações na tela obriga o motorista a desviar o olhar.
Como é acelerar o sedã?
Ao volante, o HB20S é surpreendente, em especial na versão avaliada, com o motor 1.6 flex. O sedã tem acelerações e retomadas consistentes, que transmitem segurança nas ultrapassagens, além de virilidade. Em velocidades de cruzeiro, na estrada, o compacto da Hyundai tem apetite, trabalha com giros baixos e, como consequência, oferece conforto acima da média a bordo — mostra força, sem fazer o motor berrar.
O ponto negativo fica com o câmbio automático de quatro velocidades. Além de não ajudar muito no consumo (por não oferecer escalonamento mais amplo), a transmissão é lenta nas trocas em situações de retomada. No trânsito, as mudanças são mais dinâmicas, deixando o HB20S "esperto" nas saídas. Inegavelmente, há o conforto de não se precisar trocar marchas em congestionamentos. A média mista (cidade/estrada) com etanol foi boa: 10 km/l.
Jogada envolvente
Como produto, o HB20S herda a maioria dos atributos do da versão hatch, sendo um dos melhores modelos da categoria. Embora o porta-malas de (bons) 450 litros seja menor que o dos rivais — Chevrolet Prisma, Fiat Grand Siena e Renault Logan —, o número de porta-objetos na cabine é um dos maiores da categoria. Outro ponto alto é o ajuste da direção, que apesar de hidráulica, é muito leve e precisa, lembrando uma direção elétrica.
O ajuste da suspensão também é digno de elogio, sendo macio e rígido de forma equilibrada. No caso do sedã, a sensação é de que a Hyundai trabalhou para deixar o conjunto de molas e amortecedores mais suave que o do hatch. Analisando o conjunto padrão, o pacote Copa do Mundo FIFA é interessante por acrescentar requinte à cabine. É tudo o que o consumidor espera de um sedã compacto que custa salgados R$ 53.110.
Saiba tudo sobre carros! Acesse www.r7.com/carros