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Teste: Toyota Corolla XEi 2018 melhora segurança e relação custo/benefício, mas será que vale tanto assim?

Versão mais vendida do sedã custa R$ 99.990 e finalmente traz o controle de estabilidade

Carros|Diogo de Oliveira, do R7

Dianteira concentrou reestilização do sedã, que recebeu novos faróis, grade e para-choques
Dianteira concentrou reestilização do sedã, que recebeu novos faróis, grade e para-choques Dianteira concentrou reestilização do sedã, que recebeu novos faróis, grade e para-choques

O Toyota Corolla é definitivamente um ponto fora da curva em seu segmento. Pode não ser o melhor, ou o mais sofisticado dos sedãs médios à venda no Brasil, mas, de alguma maneira, entra ano, sai ano, e o modelo lidera as vendas com folga. O único que o destronou nesta década foi o arquirrival Honda Civic, em 2013, quando o sedã da Toyota estava realmente defasado — e o Honda estreara nova geração. De resto, tem sido uma lavada do Corolla. O sedã produzido em Indaiatuba (SP) vende quase o dobro do novo Civic.

Mesmo quando observamos o ranking geral de vendas, é impressionante ver o desempenho do Corolla. Em 2016, vendeu quase 65 mil unidades, enquanto o Civic somou 20 mil emplacamentos. Foi o quinto colocado no ano, atrás apenas de compactos de entrada — só perdeu para os Chevrolet Onix e Prisma, o Hyundai HB20 e o Ford Ka. É necessário dizer que o Toyota já carecia de renovação. Todos os adversários foram renovados, ficando mais caros, enquanto o sedã da marca japonesa, menos moderno, oferecia oportunidades.

Traseira ganhou novas lanternas, que passam a usar LEDs e cromados em todas as versões
Traseira ganhou novas lanternas, que passam a usar LEDs e cromados em todas as versões Traseira ganhou novas lanternas, que passam a usar LEDs e cromados em todas as versões

De qualquer maneira, não há como negar: o Corolla é um fenômeno de vendas, e a Toyota vem jogando o jogo direitinho. Esperou até onde pôde para atualizar o sedã, que acaba de receber o visual mais moderno do modelo europeu, além de um reforço significativo na lista de equipamentos. De uma só vez, o modelo passa a trazer de fábrica itens que sequer eram oferecidos como opcionais. São eles os controles de estabilidade e de tração, e o assistente de saída em subidas, que impede que o sedã desça nas saídas em ladeiras.

O Corolla também passa a contar com sete airbags desde a versão de acesso GLi. No quesito segurança, praticamente se equipara aos demais modelos da faixa dos R$ 100 mil, passando a ter uma relação custo/benefício mais interessante. A Toyota também percebeu que o sedã carecia de uma cabine mais requintada, afinal, a categoria subiu de nível. Dessa forma, alterou algumas peças e acrescentou molduras em black piano e partes macias ao toque no painel, que combina duas cores. O resultado convence.

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Cabine manteve estilo, mas recebeu novos materiais e texturas, para transmitir mais requinte
Cabine manteve estilo, mas recebeu novos materiais e texturas, para transmitir mais requinte Cabine manteve estilo, mas recebeu novos materiais e texturas, para transmitir mais requinte

Mas será que o Corolla vale tanto assim?

Neste primeiro contato com a linha 2018, aceleramos a versão intermediária XEi, que é a mais vendida no Brasil. Custa R$ 99.990 e já sai de fábrica com pacote bem completo de equipamentos (veja a ficha). Um dos pontos fortes do modelo é o conjunto mecânico, considerado dos melhores. Combina motor 2.0 16V flex de até 154 cv e câmbio automático do tipo CVT, com sete marchas virtuais, paddle-shifts no volante e modo Sport. Não houve qualquer alteração no powertrain, que tem nota A de consumo no Inmetro.

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Para esta faixa de preço, digamos que este novo Corolla está adequado. Não tem o motor mais moderno dentre os rivais, mas conta com um dos melhores câmbios do mercado e oferece desempenho satisfatório. Na cidade e na estrada, o motor trabalha em rotações bem baixas e a transmissão faz trocas suaves e rápidas, dando agilidade e evitando que o ronco do 2.0 invada a cabine. Só no modo Sport o sedã fica mais ruidoso, mas há de se reconhecer, a Toyota isolou bem a cabine, que mantém um silêncio aconchegante.

Central multimídia tem tela e botões touch, mas sistema é lento e deve Carplay e Android Auto
Central multimídia tem tela e botões touch, mas sistema é lento e deve Carplay e Android Auto Central multimídia tem tela e botões touch, mas sistema é lento e deve Carplay e Android Auto

Quando requisitado, o Corolla responde muito bem, mesmo sem oferecer desempenho tão agudo. Na verdade, o Corolla 2018 é exatamente como o anterior. Não sobra, nem falta. Por sinal, quase tudo no sedã é assim, racional e equilibrado. Só o espaço interno é realmente generoso. São 2,70 metros de entre-eixos por 1,77 metro de largura, medidas que fazem da cabine uma das maiores do segmento. O porta-malas também pega carona nas dimensões avantajadas, com até 470 litros de capacidade volumétrica.

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Em consumo, nossa experiência passou ao largo dos números do Inmetro. O máximo que obtivemos foi uma média de 6,9 km/l com gasolina em ciclo misto. Com etanol, o rendimento foi ainda pior: 6,2 km/l. As marcas não são parâmetro, uma vez que a unidade estava zerada, com menos de 200 km no odômetro, e o trânsito pesado em São Paulo (capital) não ajudou. Mesmo assim, a diferença foi grande. Oficialmente, são 10,6 km/l (cidade) e 12,6 km/l (estrada) com gasolina, e 7,2 km/l e 8,8 km/l com etanol.

Plástica deixou visual do sedã mais sofisticado, mas principal evolução foi no quesito segurança
Plástica deixou visual do sedã mais sofisticado, mas principal evolução foi no quesito segurança Plástica deixou visual do sedã mais sofisticado, mas principal evolução foi no quesito segurança

Considerações finais

Com as atualizações de estilo e o reforço na lista de equipamentos, o Toyota Corolla certamente vai chamar a atenção nas ruas e despertar desejo em sua clientela fiel. Apesar de não ter recebido alterações significativas de engenharia, o sedã teve a suspensão levemente aumentada, para reforçar conforto a bordo. A mexida, porém, não alterou o comportamento dinâmico, que segue sólido e seguro. A marca japonesa também mexeu na calibração da direção elétrica, deixando as respostas do volante um pouco mais diretas.

As mudanças refinaram o Corolla, que também está mais interessante na cabine, com materiais de melhor aparência e macios ao toque. Some-se a isso a inclusão de itens de segurança antes ausentes, como os controles de estabilidade e de tração, eos sete airbags, e temos um sedã bem mais interessante. Na linha 2018, a versão XEi é a que possui melhor relação custo/benefício. Mesmo assim, faltaram os faróis full LED, disponíveis apenas nos modelos mais caros (XRS e Altis), e o freio de mão elétrico, por botão.

Ajuste na direção elétrica melhorou as respostas do volante
Ajuste na direção elétrica melhorou as respostas do volante Ajuste na direção elétrica melhorou as respostas do volante

A central multimídia também desaponta um pouco. Apesar de oferecer GPS, leitor de CD (item em extinção) e câmera de ré, tem um software um tanto lento, possui todos os botões sensíveis ao toque (não tem botão físico), traz apenas uma entrada USB e não conta com as plataformas Apple Carplay e Google Android Auto, que conversam melhor com os smartphones. Outro ponto fraco é o ar-condicionado, que ganhou layout mais chique, em black piano, mas tem apenas uma zona. São detalhes presentes no novo Civic.

Entre erros e acertos, o fato é que a Toyota mexeu onde era extremamente necessário. O design é indiscutivelmente mais moderno, passa a ideia de sofisticação. E a lista de equipamentos agora é aceitável. Não há refinamentos como suspensão traseira com braços múltiplos ou sistemas semiautônomos, como monitor de ponto-cego, alerta de colisão frontal e assistente de permanência em faixa, já disponíveis no Chevrolet Cruze. Ao mesmo tempo, o Corolla evoluiu o suficiente para seguir líder. No ano em que o sedã completa 50 anos, é o que importa.

Motor e câmbio não receberam alterações na reestilização e mantém números de desempenho
Motor e câmbio não receberam alterações na reestilização e mantém números de desempenho Motor e câmbio não receberam alterações na reestilização e mantém números de desempenho

FICHA TÉCNICA

Toyota Corolla XEi 2.0 flex Multidrive S CVT

Motor: 2.0 16V, comando duplo variável, flex

Potência: 143 cv a 6.000 rpm (G) e 154 cv a 5.800 rpm (E)

Torque: 18,6 kgfm (G) e 20,7 kgfm (E) a 4.800 rpm

Câmbio: Automático CVT com 7 marchas virtuais, paddle-shifts e modo Sport

Direção: Assistência elétrica; tração dianteira

Suspensão: Dianteira McPherson, traseira por eixo de torção

Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás

Rodas e pneus: 215/50 R17

Dimensões: 4,62 m (comp), 1,48 m (alt), 1,77 m (larg), 2,70 m (entre-eixos)

Tanque de combustível: 60 litros

Capacidade do porta-malas: 470 litros

Peso: 1.335 kg (ordem de marcha)

Principais equipamentos: Ar-condicionado digital, sete airbags (duplos frontais, laterais, de cortina e para os joelhos do motorista), ABS com EBD, controles eletrônicos de estabilidade e tração, assistente de saída em subidas, chave presencial com partida por botão, faróis e lanternas com LEDs diurnos, luzes de neblina, bancos e volante forrados em couro, retrovisor eletrocrômico, retrovisores rebatíveis, rodas de liga leve de 17 polegadas, sensores de obstáculos dianteiros e traseiros, central multimídia com tela touch de 7 polegadas, rádio/CD, Bluetooth, GPS, câmera de ré integrada e entradas auxiliar e USB, controle de cruzeiro, computador de bordo, alarme

Preço: R$ 99.990

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