Um levantamento da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) mostra que 36 jornalistas foram vítimas de algum tipo de violência durante a Copa do Mundo. Segundo a entidade, a polícia é apontada como a autora em 89% dos casos. No protesto de domingo (13), no Rio de Janeiro, a associação registrou 14 ocorrências, todas de autoria da polícia.
Ainda de acordo com a Abraji, mais da metade das agressões ou prisões foram intencionais, após o jornalista se identificar. No dia 12 de junho, abertura do Mundial, quatro profissionais de imprensa se feriram durante a ação da PM em um protesto zona leste da capital paulista.
As jornalistas da emissora norte-americana CNN Barbara Arvanitidis e Shasta Darlington; e o auxiliar-técnico do SBT Douglas Barbieri foram atingidos por estilhaços de bombas de efeito moral.
A Abraji critica a ação da polícia contra os jornalistas e cobra punições das autoridades. “Agressões deliberadas contra comunicadores configuram atos diretos de censura e não podem ser tolerados”, diz a nota.