Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Após exames de DNA, PF descobre que empresas vendiam peixe barato como linguado

Linguado custa 300 vezes mais que alabote. Fraudadores vendiam espécie típica da China

Cidades|Da Agência Brasil

Fraude no comércio foi descoberta
Fraude no comércio foi descoberta Fraude no comércio foi descoberta

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta semana em Itajaí (SC) a Operação Poseidon para combater fraudes na venda de pescados. Policiais e fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento cumpriram mandados de busca e apreensão em sete empresas nas quais foi detectada a substituição de peixes nobres por espécies mais baratas ou cuja captura é proibida no Brasil.

A suspeita de fraude começou em fiscalizações de rotina do Ministério da Agricultura.

— Verificamos a suspeita de troca de espécies — relata Sidney Liberati, chefe da Divisão de Inspeção de Pescado da pasta. Segundo ele, fiscais agropecuários alertaram a Polícia Federal e o Ministério Público de Santa Catarina.

A partir desse ponto, começou um trabalho para comprovação da fraude.

Publicidade

Teste de DNA

Amostras foram coletadas e encaminhadas ao laboratório pericial da PF em Brasília, apto a fazer análise de DNA de espécies. A identificação das trocas também foi feita por análise macroscópica, com treinamento dos fiscais para detectar visualmente as diferenças entre as espécies.

Publicidade

Liberati explica que, entre as substituições constatadas, estava, por exemplo, a do linguado pelo alabote — o liguado custa 300 vezes mais que o alabote. Outras trocas comuns que foram identificada foram a da merluza pela polaca do Alasca; e da garoupa pelo mero.

— A captura do mero é proibida no Brasil — informa.

Publicidade

Além de enfrentar inquérito policial, as empresas Vitalmar; JMS Indústria e Comércio de Pescados; Costa Sul Pescados; Pescados Quatro Mares; Indústria e Comércio de Pescados Dona Rose; Leardine Pescados; e M.S. Luzitania entrarão em regime especial de fiscalização por parte do Ministério da Agricultura, com análise de todos os lotes que saírem desses estabelecimentos.

Liberati explica que, após analisadas todas as provas, elas podem ser punidas com penalidades que vão de multa à perda de registro no ministério para funcionamento.

Na quinta-feira (11), as sedes das empresas foram fechadas para análise de todo o estoque e levantamento da documentação de rastreabilidade dos produtos. Novas amostras de pescado devem ser encaminhadas para perícia.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.