Laudo apontou que motorista dirigia a 179 km/h na BR - 153
Reprodução Rede RecordO motorista do cantor Cristiano Araújo dirigia a 179 km/h na hora do acidente que matou o sertanejo e a namorada no dia 24 de junho, segundo o laudo da fábrica da Land Rover, tornado público nesta segunda-feira (31). Porém, o coordenador da faculdade de engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie em Campinas, Luiz Vicente Figueira de Mello, acredita que a velocidade do veículo provavelmente era ainda maior do que a registrada na "caixa-preta" na hora do acidente.
— O veículo, provavelmente, estava em uma velocidade acima de 179 km/h. O condutor teve um tempo de reação na hora do acidente fazendo com que reduzisse a velocidade do carro.
O coordenador afirma que é muito difícil controlar o carro em uma velocidade tão alta, uma vez que a pista não foi projetada para tal aceleração. Mello ressalta que não existe teste de colisão a 179 km/h.
— Geralmente os testes de colisão são realizados a 60km/h. Não existe pista, no Brasil, com essa velocidade. A máxima permitida é 120 km/h.
Cinto de segurança
De acordo com o jornalista especializado em veículos automotores e ex-piloto de competição Bob Sharp, o cantor sertanejo e sua namorada, Allana Moraes, de 19 anos, teriam sobrevivido se tivessem com cinto de segurança.
— 98% de certeza que pouparia a vida, tanto que quem estava na frente sobreviveu.
Sharp explica que acidentes não são uma ciência exata, mas que os ocupantes teriam ficado dentro do carro se usasse cinto de segurança no momento do acidente, onde há uma estrutura que os comportem e os protejam contra o que existe fora.
Pneu alterado
Uma das linhas de investigação da Polícia Civil para a causa do acidente foi a troca das rodas e dos pneus da Range Rover em que o cantor viajava. Porém, para Bob Sharp, a alteração não teve influência no acidente porque a estrada era reta.
— Direção elétrica ajuda no controle. Antigamente, com as direções “duras”, sem ter assistência hidráulica ou elétrica, não era assim, o volante logo puxava e o carro perdia o controle.
*Colaborou Plínio Aguiar, estagiário do R7
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