A Polícia Civil pediu a quebra de sigilo telefônico do humorista Picolina, morto no dia 15 de maio em Fortaleza (CE). Segundo o escrivão José Wilkens, testemunhas relataram uma briga após um show entre o humorista e um homem que ocorreu por telefone três dias antes da morte. Novos depoimentos serão colhidos nesta terça-feira (4).
— Ouvimos diversas versões sobre quem poderia ter cometido o crime e essa é mais uma. Vamos aguardar os relatórios das empresas de telefonia, mas essa descoberta pode ajudar muito nas investigações.
A briga teria ocorrido no dia 11 de maio após um show de Picolina em um sítio. Picolina recebia entre R$ 500 e R$ 1.000 por evemto. Uma quantia em torno disso teria desaparecido da casa dela, logo após o crime.
A polícia informou que quer identificar o homem que falou pelo telefone e saber se se trata do suposto namorado apontado pela família e amigos como um possível suspeito. Ele prestou depoimento no dia 27 e negou qualquer participação.
O corpo de Francisco Igor foi encontrado no dia 15 de maio em avançado estado de decomposição. Segundo o perito, o cadáver tinha marcas de pelo menos três facadas e uma rede enrolada no pescoço. No entanto, um laudo ainda deve apontar a verdadeira causa da morte. Vizinhos chamaram a polícia depois de sentirem um forte cheiro saindo do local.
O corpo foi sepultado no dia 16 na cidade de Aracaru, região metropolitana da capital. O pai de Picolina, José Albino Furtado, disse que o filho estava morando em uma região muito perigosa, mas descartou qualquer tipo de envolvimento com droga.