A realização de cesariana na dona de casa Adelir Carmen Lemos de Goes,de 29 anos, após uma decisão judicial, no Rio Grande do Sul, foi uma medida acertada na avaliação do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, onde o caso aconteceu. Em resposta ao R7, a instituição explicou que a presença de mecônio (fezes) do nenê na cavidade abdominal da mãe, observada no parto, é um sinal de que havia sofrimento fetal.
Ainda de acordo com o hospital, duas médicas examinaram a paciente e concordaram quanto à indicação da cesárea após a realização de exames que mostraram que o feto estava os pés apontados para o canal vaginal. O fato de que Adelir já havia passado por duas cesárias também contribuiu para a indicação da cirurgia.
O caso aconteceu no município de Torres, litoral norte do Rio Grande do Sul, na última terça-feira (1º). Adelir queria fazer parto normal mesmo com a explicação dos médicos quanto aos riscos que corria. A médica decidiu, então, acionar o Ministério Público e a Justiça determinou que policias militares buscassem a gestante em casa.
Leia mais notícias no R7 Cidades
O marido de Adelir, Émerson Guimarães, de 41 anos, está revoltado com a repercussão da cesariana e disse que pretende entrar na Justiça.
— Essa doutora tirou o direito da minha esposa de [fazer] parto natural, colocou ela em risco fazendo uma cirurgia e me tirou o direito de ver o nascimento da minha filha.