Aos 25 anos, a jovem Dwanne de Almeida viaja pelo Brasil buscando conhecer pessoas e lugares diferentes. Ela atravessa o País sem dinheiro algum, apenas contando com a ajuda dos moradores locais das cidades que visita. Ela já foi para mais de 30 cidades diferentes dessa forma.
A jovem diz que “um belo dia” acordou e decidiu que iria morar em Curitiba. Ela, que é formada em gestão de recursos humanos, nasceu em Manicoré — cidade do interior do Amazonas —, mas percebeu que sua profissão não era mais sua grande paixão. Ela reconheceu que o que queria mesmo era viajar pelo País. Foi quando ela saiu do seu emprego para viver o que realmente sonhava.
Sem roteiro, dinheiro e medo, ela se jogou nessa aventura e diz que tudo é possível quando se viaja de carona com ajuda de muitos amigos que ela conhece ao longo da estrada. Mesmo reconhecendo que tudo isso pode parecer “loucura” para muitas pessoas, ela diz que tem “mais medo de não fazer isso e um dia lamentar pelo o que devia ter vivido”.
— Tinha um país enorme de portas abertas. Eu só precisava de coragem. Falei com uma amiga e com minha mãe. As duas me apoiaram de cara e nenhum minuto pensaram que era uma ideia ruim, acreditavam que era possível.
Com ajuda da internet, ela conheceu várias pessoas que falaram que poderiam recebê-la em suas casas, se precisasse, durante sua jornada pelo Brasil. Isso foi o que ela precisava para ter um incentivo.
— Decidi terminar a missão de conhecer o sul. Com o restante de dinheiro da rescisão e segui sozinha para o Rio Grande do Sul de carona, foi uma viagem linda, mas ali acabou o dinheiro e desde então todo o percurso tem sido feito de caronas e bondade de amigos e estranhos que passaram a ser amigos.
Ela diz que não sabe qual será o próximo Estado a ser visitado, pois vive um dia de cada vez e planeja, no máximo, a próxima semana. Porém, ela diz que sonha em fazer o percurso de Porto Alegre até Manaus, subindo pelo litoral nordestino e conhecendo todos os Estados que ainda não conhece.
A jovem diz que a viagem está lhe afetando “além do que esperava” e que, a cada dia, tem uma vontade e um sonho diferente. Por isso diz que não imagina o que vai fazer depois que a jornada terminar.
— Chego a ter um pouco de medo de nunca mais me adaptar à vida que a sociedade considera normal.
Ela diz que não sente medo de estar na estrada com pessoas que não conhece e depender da ajuda e solidariedade de desconhecidos. Porém, diz que tem receio algumas vezes. Mas que mantém pensamentos positivos para que tudo dê certo.
— Estou sempre esperando que tudo dê certo: que a minha carona vai vir, que a pessoa certa vai parar para mim, que quem está esperando para me hospedar está com o coração aberto...
Ela diz que o que de melhor tira da experiência é “amor e luz”. Mesmo quando as situações não saem como ela espera, ela diz que, uma hora, elas trazem “recompensas maravilhosas”.
— Descubro pessoas incríveis que, na vida que eu levava, jamais conheceria. Aprendi o valor da comida, aprendi o valor do tempo e o que me faz feliz.
Porém, também existe a saudade. Que para ela, é algo que abala, mas que ela está aprendendo que o processo é de “conhecer, amar e dizer até logo”. Para acompanhar a jornada dela, você pode buscar pela página Por Uma Vida Sem Arrependimentos no Facebook.
Experimente: todos os programas da Record na íntegra no R7 Play