Uma conselheira tutelar é suspeita de envolvimento em um esquema de adoção ilegal de crianças em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ela agia sempre da mesma maneira, retirando a crianças da família biológica e facilitando a adoção.
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Um homem, que não quis se identificar, foi separado da filha sem saber o motivo. A menina de dois anos morava com a mãe, mas foi retirada pela conselheira tutelar. Quando o pai foi ver a criança, ela já estava com uma nova família.
— Não sei o motivo. Foi feito tipo uma doação. Não tomei conhecimento de nada. Foi doado para um casal estranho cuidar dela e ficou por isso.
A adoção foi feita de forma ilegal, sem processo na Justiça. Outro pai, que também preferiu o anonimato, passou pela mesma situação. Ele teve o filho encaminhado a um novo lar sem ser comunicado.
— É um sentimento de impunidade. Eles acham que estão acima da lei.
Adoções eram feitas de forma ilegal, sem processo na Justiça
Reprodução/Rede RecordA conselheira tutelar responde pelos dois caso e é suspeita de ter realizado várias outras adoções ilegais. Ela sempre agia da mesma maneira: retirava a criança da família biológica e facilitava a adoção sem, ao menos, comunicar ao Ministério Público ou à Justiça. O delegado Leonel Baldasso acredita que ela obtinha vantagens financeiras.
— Temos aí o crime de supressão de documentos, violação do sigilo funcional e mais a prevaricação.
A conselheira foi afastada da função por 60 dias, enquanto responde ao inquérito. A corregedoria do Conselho Tutelar também vai investigar os casos. A conselheira não foi encontrada para comentar o caso.