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Clínica da Família na Restinga passa à administração da Associação Hospitalar Vila Nova

Servidores ficaram insatisfeitos com falta de informações da mudança e encerraram atendimento

Correio do Povo|

Inaugurada em março do ano passado, a Clínica da Família José Mauro Ceratti Lopes, instalada no bairro Restinga, fechou as portas nesta sexta-feira para atendimento ao público. Com foco em atenção em saúde primária, o local ficou fechado a partir das 11h, após reunião entre funcionários e a coordenadoria de saúde primária. No encontro, os profissionais da saúde foram informados de que a administração da clínica, gerenciada pelo Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf), deve passar para a Associação Hospitalar Vila Nova (AHVN).

Insatisfeitos com a falta de informações e pegos de surpresa com a notícia, servidores fecharam as portas da clínica e encerraram o atendimento. Integrante do Conselho Distrital de Saúde (CDS) da Restinga, Valdemar de Jesus da Silva garante que a clínica encerrou o atendimento às 11h. "Cerca de 30 pessoas que estavam aguardando não foram atendidas. Essa notícia pegou de surpresa usuários, profissionais da saúde, que saíram chorando, e nós", frisa. Silva sustenta que ninguém recebeu informações detalhadas da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). "Houve falta de respeito não terem comunicado ou preparado antes. A comunidade está desassistida", afirma.

Secretário-adjunto da Saúde, Natan Katz reconhece que há tratativas para a assinatura de um aditivo com a AHVN. Segundo ele, o objetivo é ampliar oferta de cirurgias, exames e consultas. Katz ressalta, no entanto, que o contrato ainda não está assinado e que a ideia era comunicar os profissionais que há conversas para trocar o comando da clínica. "Depois da reunião, a equipe decidiu fechar posto de saúde. A ideia não era fechar a clínica, não foi ordem da secretaria. Pacientes que lá estavam foram atendidos e a clínica segue funcionando a partir de segunda-feira", esclarece.

De acordo com Katz, a transição de administração deve ocorrer no próximo mês, com o encaminhamento dos profissionais que atuam na clínica. Em até 60 dias, a SMS pretende resolver o assunto e repassar a gestão ao Hospital Vila Nova. A ideia é ampliar serviços de ecografia, exames de imagem, de laboratórios, consultas e cirurgias. "A população pode ficar tranquila, os serviços vão continuar funcionando normalmente. A transição não vai prejudicar o atendimento", garante.

A prefeitura, em parceria com o Ministério da Saúde, Governo do Estado e o Hospital Moinhos de Vento, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (ProadiI-SUS), administra o local. O planejamento inicial previa seis equipes (compostas por médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem e agentes comunitários) e quatro grupos de saúde bucal, funcionando das 8h às 20h.

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