Com a participação de representações de diversas cidades do Rio Grande do Sul e de fora do Estado, foi aberta em Santa Maria a Semana Municipal de Conscientização sobre a Violência Obstétrica. A iniciativa é do grupo "Mães na Luta contra a Violência Obstétrica", composta por 15 mulheres. O evento foi aberto na praça Saldanha Marinho com o apoio do curso de enfermagem e mestrado profissional Saúde Materno e Infantil da Universidade Franciscana (UFN) e apoio da Comissão de Saúde e Meio Ambiente e Direitos Humanos e Cidadania da Câmara de Vereadores e prefeitura. Participam do evento a psicóloga Julia Horta e a obstetra Mayara Biasi, representantes do Hospital Sofia Feldman de Belo Horizonte (MG), mostrando as boas práticas no atendimento materno-infantil do hospital, que é considerado modelo no Brasil. Uma das integrantes do grupo de mães, Bibiana Di Giacomo destacou que "a tentativa é reunir forças para que a mulher tenha seus direitos respeitados dentro de uma maternidade e que todos saibam que negligência médica existe". "As pessoas necessitam de esclarecimento sobre a violência obstétrica que é qualquer ato de ofensa física, moral ou psíquica contra a gestante e que se expande para qualquer situação que coloque em risco a vida do bebê ou da mãe por motivo alheio à saúde materna ou fetal na assistência do parto", destacou Kelley Duarte, professora de Letras e moradora de Rio Grande. O evento, que será realizado até o dia 23, tem como foco debater junto com as equipes de saúde e estudantes da área sobre as boas práticas na assistência materno-infantil. O médico Francisco Harrisson, que apoia o grupo de mães, afirma que é necessário tratar o tema amplamente, promovendo palestras abertas ao público e também direcionada aos profissionais da saúde o que vai representar avanços importantes na qualidade do atendimento a dupla mãe-bebê e seus familiares. A programação está sendo desenvolvida em três locais: Universidade Franciscana, o Hospital Casa de Saúde e na Câmara de Vereadores.